Manifestação “despacha” Águas do Amazonas de Manaus

Vestidos de preto e munidos de vela preta e cartazes, manifestantes protestam contra a empresa francesa Águas do Amazonas pela falta de água.


Manifestação “despacha” Águas do Amazonas de Manaus

 

A rua Miranda Leão, no Centro de Manaus, ficou pequena para o despacho de macumba promovido pela Federação Comunitária e Desportiva do Amazonas (FCDA) e Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), na manhã de 18 de Agosto (sexta-feira). A mandinga era contra a empresa Águas do Amazonas, responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto na capital e que deixa aproximadamente 480 mil pessoas sem o serviço, diariamente, nas Zonas Norte e Leste de Manaus.

Os manifestantes – vestidos de preto e munidos de vela preta e cartazes – encenaram o “despacho” da empresa francesa da cidade. “Estamos sem água até hoje. Queremos dar um basta nessa situação”, disse a presidente da FCDA, Lindalva Rocha. O grupo de teatro do bairro Jorge Teixeira, Zona Leste, foi chamado para a manifestação.

A luta das comunidades é pela quebra do contrato entre a Prefeitura e empresa. No ano passado, a campanha “Queremos Água” coletou 40 mil assinaturas sugerindo o rompimento com os franceses. A campanha foi liderada pelo deputado estadual Eron Bezerra (PCdoB), presidente da Comissão de Meio Ambiente, Assuntos Amazônicos, Recursos Hídricos e Minerais da Assembléia Legislativa do Estado (ALE).

 



Apoio popular

Com o apoio da população que passava pelo Centro da cidade, os mais de 200 protestantes pararam o trânsito das imediações e causaram congestionamento. “Eu apóio a manifestação. Sei o que essas pessoas passam sem água. Ainda mais nesse calor”, disse uma moradora do bairro que aderiu ao movimento com um garrafão de água mineral vazio nas mãos. Os termômetros de Manaus marcam, em média, 35º nessa época, caracterizada pela ausência de chuva.

 

De Manaus,


Mariane Cruz