Economia argentina cresce 8,3% no primeiro semestre
A economia argentina cresceu 8,3% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo os dados oficiais do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta quinta-feira (14/9) pelo governo. Na mesma comparação, o Brasil teve expansã
Publicado 15/09/2006 12:00
No segundo trimestre, porém, o país cresceu 7,9% – no mesmo período de 2005, o incremento foi de 10,4%, uma diferença de 2,5%. É a menor cifra para um segundo trimestre desde a reativação da economia.
O número também foi menor do que o registrado nos três primeiros meses de 2006: 8,8%. O crescimento entre o primeiro e o segundo trimestre foi de 2,1%. A desaceleração já era esperada pelos economistas como natural no processo de recuperação desde o “default”.
Segundo os dados divulgados, os gastos com investimentos na produção aumentaram 18,5% no segundo trimestre do ano – um investimento equivalente a 21% do PIB. Segundo os analistas, esse número ainda é pequeno e deveria estar em 25%.
Chance de crise
Especialistas discutem agora se o país enfrentará ou se já está em um cenário de crise energética. Entre os economistas, existe a preocupação de que a necessidade de poupar energia comprometa a produção industrial e desacelere a economia além do que já era esperado na lógica do processo de reativação após o “default”.
Kirchner já anunciou medidas para racionar o consumo das grandes empresas e especula-se que isso possa ser estendido a todos os consumidores. O limite de gasto será o do ano passado para as grandes companhias, e o excesso deverá ser providenciado pela própria empresa ou contratado por preço até 300% mais alto.
O governo também negocia com as empresas petroleiras o fornecimento de diesel. O combustível falta em algumas regiões do país.