Dia de eleição em Salvador : militância do PCdoB nas ruas

As restrições da legislação tiraram de certa maneira a idéia de festa cívica neste 1º de outubro,dia de eleição majoritária e proporcional em todo o país, num dos momentos mais importantes da democrac

A campanha foi curta, radicalizada e a impressão é de que no dia da eleição não tem a expressão equivalente. Em Salvador, que possui 1,6 milhão dos 9,1 milhões de eleitores da Bahia, quarto colégio eleitoral do país, o que se vê é no mínimo a diminuição do entusiasmo nas ruas. O militante, principalmente do PCdoB, partido reconhecidamente que fez a melhor campanha na reta final, ocupando o centro da capital baiana,  está na rua  circula com o carro plotado ou anda com sua bandeira,  com camiseta do partido e tem  enorme adesivo com o número e o nome do candidato ou da candidata colado na camiseta. De vez em quando se vê a bandeira de Olívia Santana carregada por um ciclista ou bandeira de Daniel e Álvaro em uma moto, além de automóveis com a bandeira de Alice, Aladilce, Edson e Javier. Nos bairros mais populares o clima era de maior animação, mas muito diferente das eleições anteriores,sem tanta restrição. 


 


Mesmo com iniciativas como esta que não agridem a legislação, alguns incidentes ocorreram em Salvador. No final da manhã, em frente à Universidade Católica, uma grande seção de votação, a PM, sob protestos, tomou bandeiras de Lula e de alguns candidatos do PCdoB. A ação se repetiu em  outros locais. A ação é uma arbitrariedade, pois a criticada legislação não proíbe a manifestação isolada do eleitor que não pode ter seu direito de circular como bem entender manifestando o apoio ao seu candidato ou candidata. 


 


O presidente estadual do PCdoB, Péricles de Souza, além de observar o pouco entusiasmo disse que nesta reta final de campanha as coisas não sairam bem para o PFL e para ACM. Para Péricles uma demonstração disso é a possibilidade de segundo turno apontada pela última pesquisa Ibope e a outra é a provável derrota para o senado do candidato imposto por ACM até mesmo dentro do seu partido e contra a opinião de Paulo Souto. ACM apostou todo o seu prestígio em Rodolfo Tourinho e tudo indica que ele não será eleito. A declaração de Péricles se deu agora à tarde logo após o senador Antonio Carlos Magalhães ter dito que o PFL vai ganhar as eleições na Bahia.