Bancários entram em greve por tempo indeterminado
Bancários de quase todo o país estão em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (5/10). A categoria decidiu pela paralisação em assembléia realizada na noite de ontem (4/10) e após sete rodadas de negociação em que os banqueiros mantiver
Publicado 05/10/2006 11:56
“Os bancários estão revoltados. Um dos setores que mais cresce no Brasil, que acumula todos os anos recordes de lucro, não pode se recusar a pagar aumento real de salário aos seus funcionários. Enquanto não houver aumento, os bancários não voltam ao trabalho”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Histórico
A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada de negociação e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto, 15, 19 e 27 de setembro e 3 de outubro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base é 1º de setembro.
Veja as principais reivindicações da Campanha Nacional 2006
Índice de reajuste
7,05% de aumento real, mais a inflação no período (1º/09/ 2005 a 31/08/2006)
Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
5% do lucro líquido linear para todos, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500
Saúde e condições de trabalho
Fim do assédio moral
Fim das metas abusivas
Isonomia para todos
Mais segurança bancária
Defesa do emprego
Ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe dispensas imotivadas
Ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho
Mais contratações
Respeito à jornada de seis horas
Piso da categoria
R$ 1.500 (valor atual R$ 839,93)
Auxílio-creche/babá
Um salário mínimo, R$ 350 (valor atual 165,34)
Cesta-alimentação
R$ 300 (valor atual 230,02)
Gratificação de caixa
R$ 500 (valor atual R$ 226,65)
13ª Cesta-alimentação
14º salário
Fonte: CUT