Campanha Lula amplia coordenação no RS

O ex-ministro Miguel Rossetto é o novo coordenador geral da campanha do presidente Lula no Rio Grande do Sul. Passam também a integrar a coordenação ampliada o líder da bancada do PT na Câmara Federal, deputado eleito Henrique Fontana, a deputada federal

Em entrevista coletiva à imprensa, no final da tarde desta quinta-feira, 05/09, Rossetto anunciou a adesão de mais 123 prefeitos, majoritariamente do PMDB, PP e PDT, às candidaturas de Lula presidente e Olívio Dutra governador. Depois de elogiar “o extraordinário trabalho” de Valdeci Oliveira (PT) no primeiro turno, o novo coordenador político disse que outras lideranças de outros partidos poderão se agregar ao grupo que vai mobilizar a militância e o povo gaúcho para virar os resultados eleitorais no dia 29 de outubro.


“Vamos trabalhar permanentemente, de tal forma que a coordenação política expresse a enorme pluralidade de adesões que estamos recebendo no Rio Grande do Sul e com isto estimular um amplo debate em toda a sociedade gaúcha”, disse Rossetto.



Para Manuela a disputa se dá num ambiente de polarização, que  facilita o debate político. “Vamos enfrentar este embate e ganhar o povo gaúcho para a defesa de um projeto de desenvolvimento do Brasil com a reeleição de Lula e da retomada do crescimento do Estado, que está praticamente falido.”



Pela manhã já tinha ocorrido uma reunião com lideranças regionais, prefeitos petistas, parlamentares eleitos e não eleitos, na qual foi enfatizada a regionalização da campanha, com intensa divulgação das realizações do governo Lula em cada região do Estado e suas propostas para o próximo mandato.


 


Regionalização


A campanha para o segundo turno foi estruturada em 27 comitês regionais, com grande autonomia de iniciativas e formação de comitês suprapartidários. Uma forte integração política das duas campanhas, de Lula e Olívio, está sendo estimulada, porque há uma clareza de projetos antagônicos nesta eleição, na qual os dois representam a tradição e a cultura política do povo gaúcho, de esquerda e progressista, explicou Rossetto. PSDB e PFL, Alckmim e Yeda, não representam nada de novo, são neoliberais que representam uma ameaça ao patrimônio público e às conquistas sociais do governo Lula, acrescentou Henrique Fontana.



Segundo o coordenador geral, não há na história um presidente que tenha investido tanto em tão pouco tempo no Rio Grande do Sul, em todas as áreas, com inclusão social e enorme respeito às prefeituras. O artificialismo do debate que a direita impôs no primeiro turno, detendo-se exclusivamente sobre o caso do dossiê, obscureceu as enormes realizações do presidente Lula no Estado, criticou. Lula virá uma vez, pelo menos, ao RS este mês.



Os coordenadores confirmaram, ainda, que o PSB deve formalizar nesta sexta-feira, seu apoio, e aguardam com otimismo a posição do PDT, já que o ex-governador Alceu Collares manifestou simpatia pela eleição de Olívio Dutra. “Queremos agregar a coordenação de companheiros do PDT à coordenação nacional”, declarou Rossetto. A coordenação também avalia que os eleitores de Heloísa Helena e Cristovam Buarque, em sua maioria, devem apoiar Lula e Olívio e, com isto, as candidaturas populares de Lula e Olívio já devem estar num patamar por volta de 44% dos eleitores, calculam.