Horário político: Lula condena ''baixeza e agressividade''
A contagem regressiva para o segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, no dia 29 de outubro, começou nesta quinta-feira (12/10) com o início da propaganda gratuita no rádio e na televisão. No horário reservado à coligação ''A For
Publicado 12/10/2006 16:53
O presidente ressaltou que o apoio ''agora, mais do que nunca, é necessário para dar continuidade aos projetos de transformação do Brasil''. Horas antes, por rádio, Lula tinha dito que o mais importante é que seus partidários saiam às ruas para buscar votos.
''É como se as pessoas estivessem indignadas com tanta baixeza e agressividade'', afirmou, sobre os ataques que recebeu da oposição e da imprensa devido a recentes escândalos de corrupção. Lula disse que esta última fase da campanha buscará ressaltar ''a profunda diferença'' entre ele e Alckmin, e a destacar as obras e resultados de sua gestão iniciada em janeiro de 2003.
Com linguagem simples, Lula falou de estabilidade econômica, melhora nas contas externas e criação de novos empregos. Os temas privatização, ética e dossiê Serra não ficaram de fora da edição. Ao mostrar imagens do debate do último domingo na TV Bandeirantes, o programa apresentou trechos em que Lula criticou os tucanos pelas privatizações passadas – na gestão de Fernando Henrique Cardoso – e também acusações sobre vendas futuras de estatais, caso Alckmin seja eleito. ''Quando não tiver mais o que vender, vão vender até a Amazônia.''
Os trechos em que Lula defende seu governo no caso dossiê e fala sobre ética ficaram para o final da propaganda eleitoral. ''Não sou policial, sou presidente da República. Acho que Alckmin tem saudade dos tempos da tortura, em que bastavam 30 minutos na cadeia para descobrir provas.'' Para fechar o programa, um dos apresentadores perguntou aos telespectadores: ''Você ainda tem alguma dúvida sobre qual candidato é o mais preparado?''
No primeiro turno, o presidente teve 48,6% dos votos válidos, contra 41,4% de Alckmin. A primeira pesquisa após essa fase concedeu ao presidente 54% dos votos válidos e 46% a seu adversário. Mas a vantagem aumentou nesta semana para 11 pontos, após o primeiro debate na televisão.
Da Redação,
com agências e UOL