Lula desafia oposição a admitir que é privatista

Lula também comentou que um eventual corte de gastos, em um segundo mandato, será apenas de supérfluos, acrescentando que discutir reajuste de servidores neste momento era “uma coisa despropositada”, depois do governo ter dado bons aumentos nesses primeiros quatro anos. “Tudo o que for supérfluo você vai ter que cortar”, disse o presidente, segundo a Agência Estado.

Lula citou o recadastramento da Previdência Social, que teria ajudado a reduzir em R$ 1 bilhão o déficit, como uma das medidas que podem ser tomadas para reduzir os custos. “Você vai ter que fazer uma investigação em todas as áreas para que se possa diminuir o gasto e aumentar o investimento”, explicou, lembrando que, além de dar bons aumentos salariaos aos servidores em seu primeiro mandato, criou planos de reestruturação das carreiras.

Ao mesmo tempo, Lula defendeu os servidores. Afirmou que a categoria ganha muito menos do que pessoas da mesma formação no setor privado e que vai negociar sempre que for preciso. “Nós não temos a cultura, o hábito, de fazer com que os trabalhadores sejam a vítima que foram durante muitos anos”, afirmou. “Quando as pessoas dizem vamos fazer um choque de gestão, vamos enxugar a máquina, eu já sei o que vai acontecer. Os trabalhadores saem perdendo”.

O presidente passou a manhã na Granja do Torto e saiu perto do meio-dia para gravar programas eleitorais. Cerca de 100 militantes o esperavam na porta e Lula parou para conversar com eles, tirou fotos, recebeu presentes. No grupo estava Teodoro Freire, 86 anos, e a esposa Maria, diretores do Bumba-Meu-Boi do Distrito Federal. Eleitor de Cristovam Buarque, Teodoro foi chamado pelo PT para falar com o presidente. “No primeiro turno eu não pude votar dele porque o Cristovam era candidato. Mas agora está garantido”, disse, segundo a Agência Estado.

Fonte: www.lula13.org.br