Déda debate com João, a transição no Governo de Sergipe
Em reinião ocorrida ontem no Palácio de Despachos, o Governador eleito de Sergipe, Marcelo Déda (PT), estabelece cronograma de transição com o atual Governador do Estado, João Alves (PFL).
Publicado 20/10/2006 12:25 | Editado 04/03/2020 17:21
Aconteceu ontem no inicio da tarde, a primeira reunião entre o governador eleito de Sergipe, Marcelo Déda (PT), e o atual
governador do estado, o pefelista João Alves Filho. O encontro ocorreu no Palácio de Despachos, sede do Governo do Estado. Na ocasião, Marcelo Déda anunciou oficialmente, o vice-governador eleito Belivaldo Chagas (PSB), como coordenador político e o ex-secretário de Finanças da Prefeitura de Aracaju, Nilson Lima, como o coordenador técnico da equipe de transição.
Déda explicou que esta é uma prática que já está ocorrendo em diversos Estados brasileiros, e tem o sentido de permitir à futura gestão integrar-se aos fatos da administração estadual, tendo maior conhecimento dos programas e variadas atividades que o Estado desempenha. ''Isto permite que o futuro governador tenha informações e dados que lhe permitam tomar decisões rápidas e não perder tempo assim que assumir a administração estadual'', justificou.
Ele fez questão de frisar que o processo se dará com cautela e responsabilidade, a partir de entendimentos com o atual governador. ''Nossa posição é de absoluto respeito à administração atual, saberemos respeitar as suas competências e os poderes que a administração tem até o dia 31 de dezembro'', disse Déda.
Já o atual Governador João Alves e derrotado em sua tentativa de reeleição, foi menos diplomático e afirmou que ''a democracia é um regime que possui inúmeros defeitos, mas o homem não inventou nada melhor que ela. A democracia permite esta alternância, e quem está na oposição hoje poderá ser governo amanhã e vice-versa. Nós temos é que respeitar a decisão popular, que elegeu o governador Marcelo Déda. E nós temos que fazer valer esta decisão''.
O governador eleito Marcelo Déda afirmou que o governador João Alves se colocou à disposição do futuro governo, para promoverem uma transição civilizada, ''com respeito, responsabilidade e sensibilidade política''. ''O nosso objetivo é preparar o Estado para receber o novo governo e não prejudicar o funcionamento da máquina''.
''Vamos fazer a transição com os espíritos desarmados, profissionalismo, ética, transparência e de forma respeitosa. Não podemos deixar que as preferências partidárias prejudiquem a população'', concluiu.
A transição só se iniciará, após a eleição presidencial, porque Déda está envolvido com a campanha de Lula (PT) e João Alves na campanha de Geraldo Alckmin (PSDB)''.
Com Agências