CUT e Movimentos Sociais realizam ato pela valorização do salário mínimo

Os trabalhadores baianos fizeram, nesta quarta-feira (20/7), na Praça da Piedade, em Salvador, um ato pela valorização do salário mínimo. A manifestação foi convocada pela Coordenação dos Movimen

Nacionalmente, as centrais sindicais continuam mobilizadas defendendo que o valor do salário mínimo passe para R$ 420,00. Além do reajuste, a CUT defende que sejam criadas políticas de valorização do salário mínimo para que, efetivamente, ocorra a distribuição de renda no país.


 


De acordo com estudo do Dieese, cada vez que o Salário Mínimo tem aumento real, pelo menos 47 milhões de brasileiros são favorecidos. O valor atual, de R$ 350,00 é capaz de comprar apenas 1,9 cesta básica por mês. O reajuste reivindicado, de 20%, está na faixa dos verificados no início da década de 1970 e permitirá comprar 2,3 cestas básicas, o que não ocorre desde 1968.


 


Os trabalhadores também lutam pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução do salário e correção da tabela do Imposto de Renda. O entendimento é de que é essencial unir o desenvolvimento econômico com distribuição de renda, para que a desigualdade social seja amenizada. Para o desenvolvimento econômico, é necessário o fortalecimento das empresas, criação de mais postos de trabalho, gerar renda, combater a corrupção e a sonegação fiscal e priorizar a reforma agrária.


 


No evento, chamou a atenção o protesto bem humorado referindo-se ao tratamento diferenciado que é dado ao reajuste do salário mínimo. Os manifestantes distribuíram pintinhos e sortearam perus simbolizando, o salário mínimo e os salários dos deputados e empresários, respectivamente.


 


Segundo o diretor nacional da CUT, Everaldo Augusto, o ato político segue a orientação da CUT e dos Movimentos Sociais que protestam contra os altos salários da República e às limitações existentes para o reajuste do salário mínimo. Para o líder sindical, a brincadeira teve a intenção de chamar a atenção da sociedade sobre a importância de discutir questões fundamentais para o trabalhador, como valorização do salário e desigualdade social. “O peru sumiu da mesa do trabalhador, faz tempo”, disse.