Do Arraial Moura Brasil à Câmara dos Deputados – Paulo Tadeu

É fácil ser político do tipo sucessor do pai,mãe,avô,marido,mulher, bisavô, parente ou ancestral de família que se considera “dona” absoluta de mandato eletivo, com vaga “hereditária” nas casas legislativas.Difícil é vencer na vida pública, sendo pobre, n

E ele, menininho, a ajudava, “batendo” as peças menores da grande trouxa de roupa… Depois apareceram biscates “fazendo mandados” em casas de família ou em restaurante.  Foi aprendiz  de mecânico e de sapateiro;  vendeu verdura e  açúcar “Pimentel”, nas ruas do Pirambu. Como vendedor de jornais e de bilhetes da Loteria Estadual do Ceará  teve suas habilidades notadas, conseguindo um contrato   na Prefeitura de Fortaleza, na gestão do prefeito jornalista Paulo Cabral de Araújo, a pedido do benfeitor Eduardo Guilherme… Sua missão era entregar o “Diário Oficial do Município” no prédio da Prefeitura,  no pioneiro Palácio Iracema, na Praça dos Voluntários. Transferido, como Contínuo, para a Controladoria Geral do Município, fez carreira, submeteu-se a concursos  e aposentou-se, como Auditor Financeiro,  na administração  da prefeita Maria Luiza Fontenele. Refiro-me ao ex-vereador (dois mandatos e uma suplência), deputado estadual (dois mandatos) e deputado federal diplomado Chico Lopes (PC do B), figura das mais queridas e respeitadas nos meios políticos, jornalísticos, culturais e populares de Fortaleza, por suas posições  em defesa dos interesses coletivos e da população carente.



 


Na Câmara Municipal o então vereador Chico Lopes defendeu as lutas populares e os moto-taxistas;   moralizou as carteiras estudantis; criou o Balcão de Defesa do Consumidor e Presidiu a respectiva Comissão; lutou pela Refinaria de Petróleo; e combateu o aumento exorbitante das mensalidades escolares. Ganhou visibilidade e notoriedade, credenciando-se a vôos mais altos na carreira política, conquistando mandatos, com campanhas franciscanas, mais ricas em mensagens e propostas.


 



Na Assembléia Legislativa o atual deputado Chico Lopes deu maior dimensão ao seu trabalho em favor da Refinaria de Petróleo patrocinou a Transposição de Bacias (águas do rio São Francisco), presidindo o Comitê composto também por entidades da sociedades civil, como a Associação Cearense de Imprensa – A.C.I e o CREA. Defendeu o Biodieseal, a criação do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, condenou a privatização do BEC, fiscalizou hospitais, lutou pelo Estatuto da PM, pressionou a Academia de Polícia Edgar Facó a matricular os aprovados que há dois anos aguardavam a convocação. Somou-se à luta do vereador Lula Moraes (PC do B) contra a cobrança abusivas de taxas de energia elétrica.


 



O deputado Chico Lopes chega à Câmara Federal como o quinto mais votado do Ceará, com 162.280 votos (depois de Ciro Gomes, Eunício Oliveira, Vicente Arruda e Zé Gerardo). Defenderá a soberania nacional e os interesses do Ceará, e a justa distribuição de rendas; fiscalizará os serviços públicos privatizados; coibirá que os planos de saúde ludibriem os associados; condenará excessos das empresas de telefonias, dentre outros. E continuará o mesmo cidadão simples, aberto, com  cara de povo, traço maior da sua personalidade. Que exerça um bom mandato!  


 


 


Paulo Tadeu é jornalista