Pesquisa mostra que ocupações de terra cresceram em 2006

Dados do relatório da Ouvidoria Agrária do Ministério do Desenvolvimento Agrário revelam que as ocupações de terra aumentaram cerca de 20%, em todo o país, no ano passado, quando comparado ao ano anterior. Foram 259 casos entre janeiro e novembro de 20

As ocupações de terra aumentaram cerca de 20%, em todo o país, no ano passado, quando comparado ao ano anterior. Foram 259 casos entre janeiro e novembro de 2006 frente a 213 no mesmo período de 2005. Os dados são do relatório da Ouvidoria Agrária do Ministério do Desenvolvimento Agrário.


 


De acordo com o relatório, enquanto o total de ocupações aumentou, o número de mortes em conflitos agrários caiu. Até novembro do ano passado, foram registradas sete mortes, contra 14 em 2005. O Pará confirmou a condição de estado com intensos os conflitos agrários. Das sete mortes ocorridas em 2006, quatro ocorreram no estado. Os estados de Pernambuco, Roraima e Minas Gerais registraram uma morte, cada.


 


Em março ocorreu o maior número de ocupações: 69. O mês mais tranqüilo foi outubro, quando foram registrados apenas oito casos. A região onde as ocupações ocorreram em maior quantidade foi a Sudeste.


 


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi o que mais realizou ocupações no Brasil. Do total de 259 casos registrados no relatório, 90 foram realizados pelo MST, o que corresponde a cerca de 35%. Em seguida, está o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), com 17.


 


A Comissão Pastoral da Terra (CPT) também prepara relatório sobre os conflitos agrários. Embora os números de 2006 ainda não estejam fechados, dados do setor de documentação da CPT já apontam 31 assassinatos decorrentes de conflitos agrários em 2006. A estimativa é que a quantidade de ocupações seja de 40% a 50% maior do que o registrado pelo relatório da Ouvidoria Agrária.


 


As discordâncias entre os dados das duas instituições ocorrem devido à diferença da metodologia usada na apuração e na definição de ocupações e conflitos agrários.


 


A assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que a Ouvidoria não comenta dos dados do relatório.


 


Fonte: Agência Brasil