Mantega vê com cautela criação de Banco do Sul
Representantes do governo brasileiro reagiram nesta quinta-feira (18/1) com cautela à proposta do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a respeito da criação de um Banco do Sul e defenderam o aproveitamento de instituições já existentes.
Publicado 18/01/2007 13:12
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, classificou o projeto venezuelano como “interessante”, porque aumentaria o volume de financiamento para projetos de integração, mas o considera uma medida de longo prazo.
“Não é fácil de ser posta em prática, porque tem que se criar toda uma estrutura e depois colocar um corpo de funcionários”, disse o ministro a jornalistas no saguão do Hotel Copacabana Palace, pouco antes da reunião de chanceleres e ministros da Fazenda do Mercosul.
Mantega defendeu com mais entusiasmo o aproveitamento de bancos já estruturados. “A proposta que temos é de, num primeiro momento, fortalecermos uma atuação conjunta do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com o Banco de la Nación Argentina e o Banco da Venezuela”, defendeu.
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, seguiu a mesma linha de raciocínio de Mantega e disse que ficaria mais feliz se os organismos atuais pudessem atuar de forma mais agressiva no âmbito regional.
“O BNDES e a CAF (Comissão Andina de Fomento), em reunião na quarta-feira, chegaram a um acordo em relação ao aumento de capital da CAF com recursos do banco (BNDES)”, disse Furlan. De acordo com o ministro, esse aporte é de US$ 200 milhões.
Da redação, com agências