Aposentado protesta com bloqueio na capital
Cerca de 2 mil aposentados e representantes de entidades de defesa da categoria de todas as regiões do Estado realizaram protesto ontem, no Centro de Porto Alegre, lembrando o Dia Nacional do Aposentado.
Publicado 25/01/2007 10:38 | Editado 04/03/2020 17:12
O objetivo da manifestação era pedir reajuste igualitário para os salários dos aposentados com os trabalhadores da ativa. O protesto também contou com a participação do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência do RS (Sindisprev-RS). A entidade pede aumento de 16,67% para toda a categoria, relativo ao aumento do salário mínimo.
Os aposentados reuniram-se próximo à agência do INSS localizada na Travessa Mário Cinco Paus, perto ao Mercado Público. Por volta das 10h, os manifestantes bloquearam a avenida Mauá, causando transtornos no trânsito e extensos engarrafamentos nas vias de acesso ao Centro, em especial nas avenidas Castelo Branco e Farrapos. Após negociação, foi liberada apenas uma via. Em seguida, os aposentados se dirigiram para a sede do INSS, localizada na esquina da avenida Borges de Medeiros e rua Jerônimo Coelho e promoveram mais discursos e números musicais. Um aposentado foi “crucificado” pelos colegas, para sintetizar a situação da categoria.
A Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do RS (Fetapergs) considera que desde 1991 os aposentados e pensionistas do INSS perderam 76% do salário, na comparação entre o aumento do salário mínimo e o reajuste dos benefícios. Conforme o presidente da Fetapergs, Iol Alves Medeiros, o objetivo da manifestação era mostrar que a Previdência Social não é deficitária. “Os governos federais se valeram dos recursos da Previdência para aumentar os cofres”, declarou. Ele acrescentou que a Associação Nacional dos Auditores Fiscais (Anfip) publicou tabela na qual a Previdência Social teve superávit de R$ 56,8 bilhões no exercício de 2005. Conforme o vice-presidente da entidade, Moacir Meirelles de Oliveira, na próxima semana deverá ocorrer reunião para definir as ações de reivindicação do reajuste da categoria a partir de março.
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