Metalúrgicos realizam seminário de planejamento na Bahia

Os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari e da Federação dos Metalúrgicos da Bahia, realizaram, ontem (31/1), no Instituto Brasil, em Salvador, um seminário de planejamento para definir a atuação da categoria no ano de 2007. O evento cont

A crescente expansão e diversificação das atividades industriais em Camaçari e região têm gerado novas demandas para os sindicatos e um novo perfil do operariado vem sendo formado, como a feminização da mão de obra que já corresponde a 40% e a contratação de muitos jovens na faixa etária de 18 a 24 anos.


 


Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari e da Federação dos Metalúrgicos da Bahia, Aurino Pedreira, o enfrentamento desses novos desafios deve ter abordagem diferenciada pelos sindicatos. Segundo ele, o papel do dirigente sindical deve estar afinado com as mudanças que estão acontecendo nas relações de trabalho.
“Estamos diante de uma nova realidade em que é fundamental a conscientização dos trabalhadores, sindicalistas, jovens, homens e mulheres. Estamos aqui para isso”, disse Aurino.



 


No debate sobre a conjuntura nacional e internacional, abordada pelo jornalista Umberto Martins, o foco principal foi a redução da jornada de trabalho, bandeira defendida pela categoria dos metalúrgicos com muita relevância em todo Brasil. Com base em estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Martins defendeu a redução da jornada e trabalho como medida essencial para ampliar a oferta de emprego. A estimativa, segundo Martins, é que a redução de quatro horas na jornada de trabalho criaria dois milhões de empregos.



 


Numa análise mais geral sobre a conjuntura, Umberto Martins ressaltou a importante mudança que vem acontecendo no cenário político da América – Latina nos últimos anos com as eleições de Hugo Chaves na Venezuela, Rafael Correa no Equador e Evo Morales na Bolívia, o que, para ele, se constitui num grande avanço das forças de esquerda e impõe importante derrota ao projeto neoliberal liderado pelos EUA. 
“Esse é um momento renovador, necessário na luta contra o imperialismo, principalmente o norte-americano, que quer submeter todo o mundo ao seu modelo econômico”, disse entusiasmado.