José Reinaldo presta solidariedade a Marcelo Buzetto

Nesta terça-feira (6/02) o Secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo de Carvalho, visitou o preso político, militante do MST, Marcelo Buzetto no Centro de Progressão Penitenciária de São Miguel Paulista, em São Paulo (SP). Carvalho

Marcelo Buzetto, também formado em História pela USP e doutorando da PUC-SP, está preso desde o dia 19 de janeiro deste ano em função de sua participação no acampamento “Nova Canudos” do MST, realizado em 1.999. Foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão em regime semi-aberto mesmo tendo o juiz de primeira instância do caso fixado a pena sem analisar todas as circunstâncias judiciais do crime (artigo 59 do Código Penal), bem como os princípios do julgamento público e da fundamentação das decisões (artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal). No lugar de cumprir sua pena no dito regime semi-aberto, Buzetto está cumprindo-a em regime ''semi-fechado''. Não bastasse, como possui formação superior, deveria estar sendo abrigado em cela especial. Embora seja um preso político, tem sido tratado como preso comum e divide com mais 18 presos a cela na qual se encontra.


 


“Não podemos admitir presos políticos”


 


“O Partido Comunista do Brasil condena veementemente a arbitrária condenação e prisão de Marcelo. Ele foi condenado e se encontra preso porque é militante do Movimento Sem Terra (MST) e um lutador da Reforma Agrária, das causas históricas e políticas do povo brasileiro. Essa condenação demonstra o caráter de classe e conservador da justiça de nosso país e representa a criminalização do movimentos sociais. As forças democráticas e progressistas do país precisam se insurgir contra esta perigosa tendência de criminalizar os movimentos”, declarou José Reinaldo de Carvalho em sua visita a Marcelo Buzetto.


 


Carvalho encontrou o militante do MST sereno e firme, confiante na sua libertação e que seus companheiros reagirão na luta pela Reforma Agrária. Quando chegou à cela de Buzetto, o mesmo encontrava-se estudando disciplinas de seu doutorado e clássicos da teoria política. “Isso demonstra a compreensão do militante Marcelo na medida que entende a importância do estudo da teoria aliada a luta política”, disse o Secretário de Relações Internacionais do PCdoB.


 


“Marcelo foi condenado e está tendo tratamento de preso comum, dividindo sua cela com outros 18. Mas na verdade ele é um preso político. Esse tratamento é inadmissível para um preso político. Não podemos admitir presos políticos. Ninguém pode ser condenado por participar dos movimentos sociais”, finalizou Carvalho.          


 


Moções e apelos de solidariedade a Marcelo podem ser enviadas para [email protected] e para o Ministério da Justiça (Ministério da Justiça – Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Ed. sede, CEP 70064-900 Brasília-DF Fone: (61) 3429.3000).


 


Leia aqui mais detalhes sobre o caso.