Trabalhadores protestarão contra mudanças no cálculo do INSS

Atualmente, o cálculo do auxílio-doença é baseado na média dos 80 maiores salários de contribuição feitos pelo trabalhador desde 1994. Pelo projeto de lei 261/05, o valor do benefício não poderá ser superior à média dos 12 últimos salários de contribuição do trabalhador. “Se o auxílio é maior do que o salário da ativa é porque o trabalhador contribuiu para isso. O governo não está levando em conta esse fato e a rotatividade de mão-de-obra”, afirma Eleno Bezerra, Presidente da CNTM.

O projeto foi aprovado em caráter terminativo na Comissão de Assuntos Sociais e seguiria direto para a Câmara dos Deputados. Na última segunda-feira, um grupo de nove senadores assinou um requerimento para que o projeto seja votado no plenário da Casa antes de seguir para a Câmara. Segundo Paulo Pereira da Silva, Presidente da Força Sindical, “mudar o cálculo do auxílio é punir o trabalhador”.

O protesto não será a única ação da Confederação. Na próxima quarta-feira (14/02), às 10h, Eleno Bezerra e Paulo Pereira da Silva terão uma audiência com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para discutir sobre o projeto do auxílio-doença, que está tramitando no Senado. Os sindicatos levarão uma comissão de trabalhadores afastados por motivo de doença à audiência.