Inácio requer debate na Comissão de Relaçõe Exteriores sobre Caso Abdenur
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ex-embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur, serão convidados pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) a comentar, em datas diferentes, os atuais rumos da política ex
Publicado 08/02/2007 09:17 | Editado 04/03/2020 16:37
O convite ao embaixador foi motivado por entrevista de Abdenur, publicada na última edição da revista Veja, onde o embaixador criticou a condução do Ministério das Relações Exteriores, afirmando que haveria uma “doutrinação ideológica” no Itamaraty, com tratamento privilegiado aos acordos com países menos desenvolvidos como eixo básico da diplomacia.
A proposta de ouvir o Ministro Celso Amorim partiu de requerimento do Senador Inácio Arruda. Segundo o parlamentar, o objetivo da audiência é que o Ministro exponha aos integrantes da Comissão quais serão as diretrizes da política internacional durante o segundo mandato do Presidente Lula, incluindo os possíveis impactos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) na política externa brasileira.
Abdenur deverá participar de uma reunião da comissão na próxima terça-feira (13). Já o comparecimento do Ministro Celso Amorim à CRE ainda não tem data definida.
Subcomissão no Senado vai discutir as mudanças climáticas
O Senador Inácio Arruda vai integrar a Subcomissão Permanente criada hoje no âmbito da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado (CMA), para estudar as mudanças climáticas em conseqüência do Aquecimento Global. Relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas no último dia 02 apontou um quadro preocupante em relação às alterações no clima em todo o mundo. A Subcomissão, proposta pelo Senador Renato Casagrande (PSB-ES), deve analisar as causas desses eventos e propor ao Governo brasileiro medidas de prevenção e combate ao problema.
O Senador Inácio Arruda comemorou a criação da Subcomissão e destacou que o Brasil terá um papel preponderante na discussão das conseqüências da degradação do meio ambiente. Para Inácio, é fundamental encontrar um equilíbrio nessa questão: “Não podemos aceitar a política ambiental no sentido de criar entraves ao crescimento. Mas também é inconcebível o prejuízo ao meio ambiente”. Inácio destacou que os parlamentares da região Nordeste trazem experiências que podem contribuir para o debate na Subcomissão: “O estado do Ceará, por exemplo, possui o maior potencial de energia eólica (produzida pelo vento) do mundo; temos condições de sugerir soluções no sentido de trazer desenvolvimento sem destruir a natureza”, afirmou.
Além do Senador Inácio Arruda e do Senador Renato Casagrande, integram a Subcomissão Permanente os Senadores Cícero Lucena (PSDB-PB), Marconi Perillo (PSDB-GO), Marisa Serrano (PSDB-MS), Expedito Filho (PR-RO), Valter Pereira (PMDB-MS) e Flávio Arns (PT-PR). Uma das primeiras atividades dos Senadores será ouvir a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para expor a posição do Brasil sobre a questão do aquecimento global.
De Fortaleza, Emília Augusta