Chinaglia diz a Lula que dará algumas relatorias do PAC à oposição
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), informou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (16) que indicará deputados dos partidos de oposição para relatar algumas das sete medidas provisórias (MPs) do PAC (Programa de Ac
Publicado 16/02/2007 14:37
Os nomes dos relatores devem ser divulgados na quinta-feira (22). “Vamos seguir o critério da proporcionalidade”, adiantou Chinaglia para jornalistas depois de uma audiência com Lula no Palácio do Planalto, em Brasília. Ele disse que Lula não comentou a decisão.
Oposicionistas elogiam
“É democrático que todos que tenham representação no Congresso peguem relatorias. Isso, além de ser uma convicção minha como presidente também foi compromisso durante a campanha. E creio que todos ali representam parcelas da população e trabalham pelo país”, disse Chinaglia, indicando que seguirá um critério de proporcionalidade.
“Informei (a Lula) que estamos construindo uma boa relação tanto com os que apóiam quanto com os que são de oposição”, disse o presidente da Câmara. Ele avaliou que a oposição fará relatórios “razoáveis” das medidas que lhe couberem.
O líder do PFL na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS) elogiou a decisão. “O presidente Chinaglia fez um gesto. Se depender da minha boa vontade, aceitamos sim, mas vou ouvir a minha bancada”, agregou. “É realmente um gesto importante”, comentou o antecessor de Lorenzoni na liderança, Rodrigo Maia (RJ).
Liderança do governo entrou na pauta
As sete medidas do PAC e mais quatro MPs devem entrar na pauta da Câmara a partir do dia 26. Para Chinaglia, talvez não seja possível votar o PAC antes de 19 de março. A data é o limite para que as medidas comecem a trancar a pauta da Câmara.
O presidente da Câmara disse também que conversou com Lula sobre a escolha do novo líder do governo na Casa. “Ele pediu minha opinião e eu dei”, disse. “Mas não tenho o direito de revelar esse tipo de conversa.”
Sobre a reforma ministerial, Chinaglia disse que o tema não foi abordado. No entanto, segundo ele, o fato de o PT estar na presidência da Câmara não significa que o partido tenha que ser contemplado com um número menor de ministérios.
Da redação, com agências