Força Nacional de Segurança fará policiamento durante o Pan
O secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, revelou na sexta-feira que o Exército não vai patrulhar as ruas do Rio de Janeiro durante os Jogos Pan-Americanos e vai dar apenas apoio logístico e náutico. O policiamento será feito pe
Publicado 23/02/2007 20:46
Corrêa disse que pretende implementar um novo conceito de segurança no Brasil nos Jogos do Rio, em julho.
“Na rua não terá Exército porque o número de policiais e o complemento da Força Nacional de Segurança já são suficientes”, declarou o secretário.
“Aquele conceito de caras pintadas, mochilas nas costas e uniforme não condiz com o espírito dos Jogos. Queremos um policial de relacionamento”, acrescentou Corrêa.
Segundo o secretário, os policiais destacados para trabalhar em locais públicos e em instalações esportivas não devem usar armas letais e serão treinados para ter uma relação mais próxima às pessoas.
“O policiamento nos locais de Jogos vai ser de relacionamento. O policial não vai estar com fuzil, capacete anti-balístico para tratar com crianças e pessoas à beira de um campo de futebol ou quadra de vôlei. Isso não combina. Nesse local, se houver necessidade de uma intervenção de força teremos uma reserva técnica. Mas, na rua, não podemos entrar com essa agressividade”, afirmou o secretário nacional de segurança.
Ao todo, seis mil homens da Força Nacional vão atuar na segurança do Pan, sendo que aproximadamente um terço vai patrulhar apenas a Vila Pan-Americana.
“Teremos de 1.500 a 1.800 homens da FNS na Vila; 18 cães; um aparato anti-bomba cuidando exclusivamente dos 5.500 atletas. Os aviões não poderão sobrevoar abaixo de dois mil pés. Helicópteros também vão patrulhar o espaço aéreo”, disse Corrêa.
Algumas delegações e atletas receberão uma escolta especial durante a realização dos jogos. Segundo Corrêa, a equipe norte-americana e delegações de países envolvidos em conflitos internos e externos poderão receber um tratamento especial.
“Cada país tem um nível de risco. Tem países menores que tem participação em conflitos locais que necessitam maior cuidado. Alguns atletas e determinadas autoridades, independentemente do tamanho do país, também merecem cuidado maior”, disse o secretário.
Fonte: Reuters