Por que o Pan-americano deixará legado social ao País

A menos de 150 dias para a cerimônia de abertura, os preparativos para os Jogos Pan-americanos de 2007, que acontecerão de 13 a 29 de julho, no Rio de Janeiro (RJ), entram na reta final. O governo federal, até agora, já investiu cerca de R$ 1,5 bilhão na

Ao término das competições, além da promoção da cidade anfitriã, os Jogos Pan-americanos deixarão um importante patrimônio para a população. Os atletas ficarão hospedados na vila Pan-Americana, construída na Barra da Tijuca por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal.


 


É um dos principais investimentos do governo federal, orçado em R$ 189,3 milhões. São 17 prédios, somando um total de 1.480 apartamentos, suficientes para abrigar mais de oito mil pessoas. Os apartamentos foram projetados para serem usados também pelos atletas dos Jogos Parapan-Americanos, em agosto.


 


As disputas do Pan do Rio de Janeiro estão divididas em quatro núcleos: Complexo do Maracanã, Complexo de Deodoro, região do Pão de Açúcar e da Barra. No total, os Jogos Pan-americanos Rio 2007 terão 14 sedes, espalhadas num raio de 25 quilômetros.


 


O Complexo Esportivo de Deodoro, localizado na Vila Militar, vai abrigar o Centro Nacional de Hipismo e o Centro Nacional de Tiro, instalações sem similar na América Latina. No complexo serão realizadas as provas de hipismo, hóquei sobre grama, tiro esportivo, tiro com arco e pentatlo moderno – que reúne competições de tiro, esgrima, natação, hipismo e corrida. Após o Pan, o local será um centro de excelência para o desenvolvimento do esporte.


 


O governo federal também é o responsável pela construção do Centro de Operações Tecnológicas (TOC), espaço de gerenciamento e monitoramento das operações de tecnologia de informação dos locais de competição e de não-competição. Serão mais de trinta sistemas integrados durante a competição – cerca de cinco mil microcomputadores, além de aparelhos de cronometragem e redes.


 


Integração


 


A União investiu R$ 112,9 milhões na montagem do centro. Todos os equipamentos importados pelo Ministério do Esporte continuarão a ser utilizados pelos atletas depois dos Jogos. A intenção do governo federal é permitir um melhor desenvolvimento do esporte de alto rendimento no país.


 


O novo material já vem sendo utilizado em treinamentos, campeonatos e seletivas para os jogos que se aproximam. São barcos, redes, caiaques, colchões, placares, cronômetros de alta precisão e quadras esportivas, entre outros. A frota de barcos, por exemplo, importada da Itália, é a mais qualificada de toda a América Latina.


 


O evento também foi previsto como uma oportunidade para melhorar a vida da população carioca. Em iniciativa inédita, a inclusão social foi eleita como núcleo central das ações governamentais dentro dos preparativos da competição.


 


Ampliações do atendimento dos programas Segundo Tempo, Ponto de Cultura, novas parcerias e fortalecimento do diálogo entre o poder público e as comunidades são exemplos do legado que os Jogos deixarão para a cidade.


 


As três esferas de governo (federal, estadual e municipal) estão unidas para receber os 5,5 mil atletas representantes de 42 países participantes do Pan. Do governo federal participam, de forma direta ou indireta, 21 ministérios.


 


“É a primeira vez que temos a oportunidade de discutir com as autoridades ações que terão impacto sobre nossas vidas”, afirma Cleonice Dias, líder comunitária e coordenadora da Comissão de Esportes e Promoção Social da Ong Centro de Estudos de Ações Culturais e Cidadania, do Rio de Janeiro.


 


Confira os investimentos do governo federal no Pan


 


– Tecnologia de informação: R$ 112,9 milhões
– Serviços de áudio e vídeo: R$ 52,5 milhões
– Telecomunicações (fibra ótica, telefonia, internet e transmissão de dados): R$ 46,7 milhões
– Complexo Esportivo Deodoro: R$ 87,7 milhões
– Parque Aquático do Autódromo de Jacarepaguá: R$ 60 milhões
– Vila Pan-americana: R$ 189,3 milhões
– Reforma e ampliação do Aeroporto Santos Dumont: R$ 165 milhões
– Segurança: R$ 385 milhões
– Aquisição de equipamentos esportivos: R$ 16 milhões
– Ladetec (laboratório): R$ 8,4 milhões


 


Fonte: Secom