Edmilson presta homenagem a Elza Monnerat

“Esta sessão tem importância histórica, pois nela temos a oportunidade de registrar os avanços que a mulher brasileira conquistou na luta pela igualdade de gênero. Devemos refletir sobre o papel central que as mulheres tiveram no combate ao autoritarismo e ao preconceito. A luta pela igualdade de gênero muito avançou no Brasil, mas é preciso crescer muito mais na conquista de políticas públicas que garantam às mulheres igualdade de oportunidades e condições para o enfrentamento de qualquer tipo de discriminação e violência”, destacou Edmilson em seu discurso.

O deputado salientou que a desigualdade político-social entre homens e mulheres ainda é muito grande, especialmente em relação às pobres e negras. São essas, segundo Edmilson, as que mais lutam diariamente para romper com o ciclo de perdas sociais, políticas e familiares. Ele destacou que apesar das dificuldades enfrentadas, elas mantêm sua ousadia cotidiana e, mesmo com os direitos legais já conquistados, continuam ativas e organizadas para que eles sejam respeitados.

Ao homenagear Elza Monnerat, ele lembrou da influência dela na formação da sua consciência política e na sua participação na luta sindical. Filiada ao PCdoB desde 1945, Elza Monnerat dedicou 60 anos de sua vida à luta por um mundo melhor. Resistiu à ditadura e, em 1976, já sexagenária, no episódio que ficou conhecido como Chacina da Lapa, foi presa e torturada. Na prisão, manteve altivo e digno comportamento. Apesar de ter sofrido covarde violência, nada disse aos verdugos e, mesmo idosa, participou de greve de fome pela anistia.

“O exemplo de vida de Elza Monnerat – de dedicação ao Brasil e ao povo, à causa do socialismo, à luta dos trabalhadores e à construção de um partido dos operários e dos oprimidos – continuará presente por incontáveis gerações, como fonte de energia para a jornada emancipadora. Homenageio todas as mulheres brasileiras, portanto, lembrando a grande cidadã e minha camarada Elza Monnerat”, salientou o deputado.

No final o deputado aproveitou para registrar seu protesto contra a presença do presidente norte-americano no Brasil: “quero dizer que nesse mesmo dia receberemos a visita do inimigo número 1 daqueles que possuem visão mais avançada e progressista de sociedade. E é importante que a sociedade e o movimento feminista denunciem as ações criminosas do presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, principal responsável pelas instabilidades mundiais”.