Mulheres dizem: não ao machismo e fora Bush

O tom antiimperialista e o fora Bush marcaram o Dia Internacional da Mulher no Rio de Janeiro. Cerca de mil pessoas saíram em passeata da Candelária, passando pela Avenida Rio Branco, até a embaixada norte-americana. A caminhada reuniu membros da União Br

Com a presença do presidente Bush no Brasil, um dos temas principais foi o fim da violência contra as mulheres nos países em guerra como o Iraque. O final da manifestação aconteceu em frente à Câmara de Vereadores do Rio, na Cinelândia.



A diretora da UNE, Márvia Scardua, leu um manifesto. Nele as entidades expressaram a “indignação contra todas as formas de violência do sistema: patriarcal, sexual e a exploração capitalista. Essa mudança só será possível com a mobilização das mulheres, sensibilização e solidariedade. Fora Bush do Brasil, da América Latina e do mundo. Denunciamos as empresas transnacionais que monopolizam a terra e destroem o meio ambiente. Queremos um sistema de saúde público e de qualidade, o fim da mortalidade materna, a legalização do aborto, o fim da violência contra as mulheres e o cumprimento da Lei Maria da Penha”.



Presente na comissão de frente da marcha, a presidente do PCdoB/RJ, Ana Rocha, comemorou a unidade da manifestação. “Eu acho que o importante foi conseguir unificar o ato que ocorre todo ano, mas que nesse foi marcado pelo fora Bush. Foi um avanço termos rompido com essa resistência e mostrarmos que a luta das mulheres pelos seus direitos não pode ser separada da luta política”, afirmou Ana.