CMS discute PAC e marca manifestações contra Serra e Kassab

A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) se reuniu na manhã da sexta-feira (16/3) na sede do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo para debater o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a relação com o governo Lula, avaliar as recentes m

Que PAC é esse?


 


No início dos trabalhos Fausto Augusto, do Dieese/CUT e Arthur Araújo, especialista em políticas públicas, debateram o PAC lançado pelo governo e suas implicações para os trabalhadores. O representante do MST na CMS, João Paulo, apontou como limitações do PAC o fato de o Programa não apontar com clareza o como ficam as reivindicações dos trabalhadores e dos movimentos populares. “Queremos um desenvolvimento voltado para a reforma agrária, para a educação, para a moradia popular, para gerar mais empregos decentes, ou seja, um PAC que tenha como eixo a melhoria das condições de vida da população e não é isso que estamos vendo como central no projeto apresentado pelo governo”.


 


 


Sob o relacionamento com o governo, os participantes do encontro avaliaram que os movimentos sociais tiveram papel destacado para a reeleição de Lula e devem pressionar para ter mais voz ativa nos debates sob os rumos do segundo mandato.


 


 


Fora Bush


 


Representando a CUT na CMS, Antonio Carlos Spis fez um balanço das manifestações contra Bush em todo o país. “Reunimos milhares de pessoas sob uma mesma bandeira, o ‘fora Bush’, e ficou demonstrado que temos de continuar no caminho das mobilizações populares para fazer a CMS crescer, ganhar maior respaldo na sociedade e se firmar como grande interlocutora das questões nacionais”. Spis apontou, ainda, a necessidade de a campanha Fora Bush prosseguir. “Esse sujeito esteve no Brasil visando a tecnologia de combustíveis renováveis; no final deste mês Lula estará nos EUA retribuindo a visita, mas temos que continuar dizendo a toda a população, que Bush é um terrorista e que não é bem-vindo na América Latina”.


 


 


Ato dia 30 em São Paulo


 


Para continuar a mobilização de rua – uma das características que tem marcado a atuação da CMS -, a entidade deliberou por realizar um grande ato dia 30 de março, em conjunto com os servidores estaduais e federais, em protesto aos três meses de governo Serra e um ano de governo Kassab. “Ambos representam a continuidade da política neoliberal em nossa cidade e estado, o que significa sucateamento da Educação, privatizações e desrespeito aos direitos básicos da população”, afirmou Lúcia, diretora da UNE.


 


 


O ato acontece na Praça Ramos, centro de São Paulo, a partir das 16h. No mesmo dia 30, pela manhã, a Operativa da CMS se reúne na capital paulista para avaliar um calendário de mobilizações marcado, inicialmente, para junho e julho.


 


 


A reunião da CMS foi transmitida ao vivo pela rádio web da rede Abraço de rádios comunitárias, através dos sítios da CUT e do MST.