Petistas fazem balanço sobre o governo Serra

A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo e sua direção estadual realizaram na quinta-feira (12/04), um seminário para avaliar as primeiras ações do governo Serra. A bancada petista lançou um documento intitulado “100 dias do desgoverno Serra

O documento ressalta as principais áreas sociais e destaca que o atual governo, embora busque se diferenciar da gestão Alckmin, é a continuidade do modelo tucano de gestão pública, no poder paulista há 12 anos.


 


Na abertura, além das lideranças petistas, como o presidente estadual Paulo Frateschi e o líder petista na Assembléia Simão Pedro, houve a presença de Edílson de Paula, presidente da CUT-SP e Nivaldo Santana, representando o PCdoB.


 


As principais características do governo Serra, segundo os debatedores, são as ações contra o funcionalismo público estadual, a grave crise na educação pública, o desastre da Linha 4 do Metrô, a ausência de um planejamento eficiente para o desenvolvimento econômico do estado e a “maquiagem orçamentária” para esconder os recorrentes déficits do estado. Foram debatidos também, o impacto do PAC na economia paulista.


 


Para Simão Pedro, líder do PT na Assembléia, o governo Serra tenta se diferenciar de seu sucessor, Geraldo Alckmin, mas não consegue, porque a natureza política dos dois políticos é a mesma. “Logo nos primeiros dias que assumiu o comando do Estado o governador José Serra tirou a máscara e deixou a mostra sua faceta autoritária e omissa em relação as demandas da sociedade paulista”, afirmou Simão Pedro.


 


Convidado para participar do debate, o PCdoB fez uma apresentação sobre a necessidade de se criar condições para o enfrentamento contra o neoliberalismo que perdura em São Paulo. Para Nivaldo Santana, presidente estadual interino do PCdoB, a fase inicial do governo Serra oferece condições para uma ampla maioria na Assembléia e uma aceitação acima da média na sociedade. Porém, afirmou o comunista, as contradições são inevitáveis, entre os tucanos e a aplicação do modelo de gestão e política conservadoras no estado.


 


Não faltaram críticas à forma como Serra dirige o Estado e, ao mesmo tempo, a cidade de São Paulo, através de seu “sub-prefeito” Gilberto Kassab. Para a maioria dos participantes, a administração paulistana obedece a uma lógica política de hegemonia “serrista”.


 


Ao final do debate, foi proposto um fórum das oposições ao governo estadual, para unificar as ações contra as medidas impopulares do governo estadual.


 


Rodrigo de Carvalho, pelo Vermelho-SP