Cuba critica UE por silêncio no caso Posada Carriles

O governo de Cuba criticou nesta segunda-feira (23) o “silêncio” europeu frente diante da libertação do terrorista Posada Carriles, e considerou que essa atitude “evidencia mais uma vez a dependência” da União Européia (UE) em relação a Washington.

“A mudez do chamado 'Velho Continente' contrasta com suas rápidas reações quando é Washington quem acusa alguém ou algum Estado de ser terrorista, e decide inclusive atacá-lo, sempre com o respaldo europeu”, diz o texto, publicado no jornal Granma.



Acusado por Havana e Caracas por atos de terrorismo, Posada Carriles, ex-agente da CIA, foi libertado pelos EUA mediante pagamento de fiança na última quinta-feira.



Desde então, Cuba mantém intensas mobilizações em protesto à decisão norte-americana. O terrorista será julgado no dia 11 de maio apenas por falso testemunho e questões migratórias.



Ataque à Alemanha
Paralelamente às críticas pelo caso Posada Carriles, o Granma criticou o fato de a capital alemã, Berlim, ter aceitado sediar uma conferência convocada pelo Comitê Internacional para uma Cuba Democrática. O jornal qualificou a iniciativa como uma “nova patranha organizada e dirigida pelos Estados Unidos numa tentativa inútil de condenar a revolução cubana”.


 
“Não é por acaso que a sede deste novo espetáculo é a capital alemã, já que a Alemanha preside a União Européia durante este primeiro semestre de 2007, o que formalmente poderia ser interpretado como uma ação apoiada pelos 27 membros que integram o bloco”, publicou o jornal.