Homônimo de Fidel Castro ensina a ler e escrever na Colômbia

O homem se chama Fidel Castro, é cubano e luta contra o analfabetismo. Não se trata, porém, do dirigente socialista que se recupera há meses de uma delicada cirurgia no intestino, mas de um homônimo seu.

Fidel José Castro Rodriguez é o seu nome completo. Ele está desde setembro do ano passado no distrito colombiano de Boyacá, trabalhando no projeto Yo Si Puedo (Sim, eu posso), que depois de ter erradicado o analfabetismo em Cuba foi “exportado” para outros países da América Latina.



Fidel, de 50 anos, olhos azuis e um sorriso branco, tem muito trabalho a fazer em Boyacá. A região tem 50 mil analfabetos. Em toda a Colômbia, são 2 milhões de pessoas que não sabem ler ou escrever.



Mesmo sendo conhecido como “professor Fidel”, sua função não é ensinar, mas garantir que o programa, que em 1961 acabou com o analfabetismo em Cuba, funcione também na Colômbia. Ele trabalha junto a coordenadores municipais, professores voluntários e estudantes. O projeto procura pelos potenciais alunos nas zonas rurais mais remotas do país.



“O que me comove mais”, conta Fidel, “é ver o esforço de toda esta gente que, depois de ter trabalhado o dia inteiro nos campos, volta para casa e, ainda cheia de terra no corpo, vai aprender a ler.”



Assim como outros companheiros engajados no projeto, Fidel renunciou à sua remuneração. Do governo cubano, do qual se diz orgulhoso, recebe apenas uma ajuda de custo para cobrir as despesas de comida, alojamento e transporte. Sua maior ambição, no momento, é conseguir que todos os habitantes de Boyacá aprendam, antes de tudo, a escrever o próprio nome.



Fonte: Ansa Latina