Ato público na Praça Sete relembra as vítimas de acidentes e doenças do trabalho
A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e os sindicatos filiados realizam amanhã, sexta-feira (27/04), ato público na Praça Sete, com concentração a partir de 15h, em memória às vítimas de
Publicado 27/04/2007 10:47 | Editado 04/03/2020 16:52
A CUT confeccionou e irá distribuir à população um panfleto em que enumera sérios problemas que afetam os trabalhadores, em função das condições inadequadas de trabalho. Ele traz alguns dados alarmantes, como os publicados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), segundo os quais cerca de 450 milhões de acidentes e doenças do trabalho ocorrem no mundo, anualmente. Desses, 90 mil são fatais, ou seja, 250 pessoas morrem por dia.
“Quando não matam, as condições inadequadas de trabalho causam outros sérios problemas, como mutilações, afastamento e aposentadoria precoce – com a diminuição ou perda de renda de milhares de trabalhadores(as) – além de uma série de doenças que comprometem seriamente a integridade física e psicológica”, afirma um dos trechos do documento. Outro dato preocupante é o crescente número de acidentes e doenças entre mulheres e jovens.
O panfleto traz, ainda, explicações sobre a Instrução Normativa n° 16, publicada pelo INSS em março deste ano, que institui o Nexo Técnico Epidemiológico para doenças e acidentes provocados pelo trabalho; além de informações sobre os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador. Estes centros são locais em que o trabalhador pode encontrar apoio para o diagnóstico e comprovação de doenças, acidentes e problemas de saúde decorrentes da atividade produtiva.
A manifestação acontece por ocasião do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, comemorado em 28 de abril. “No Brasil, em especial, vamos aproveitar a data para discutir que tipo de desenvolvimento queremos. Não basta apenas obter números satisfatórios na economia, como o aumento do PIB ou do superávit primário. Defendemos o desenvolvimento sustentável, mais fraterno, que contemple um conjunto de políticas públicas, e não apenas medidas compensatórias, capazes de promover a distribuição de renda e a qualidade de emprego e de vida”, afirma o presidente da CUT/MG, Lúcio Guterres.
Fonte: Assessoria de Imprensa: Eficaz Comunicação