Posse de Frateschi na Funarte vira um balanço da era Gil

A posse do presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Celso Frateschi, na manhã de quinta-feira (26), no Palácio Gustavo Capanema, tornou-se uma prestação de contas da primeira gestão do ministro da Cultura, Gilberto Gil, e de anúncio de metas pa

A solenidade lotou o auditório com artistas (os diretores Domingos Oliveira e Amir Haddad, a atriz Louise Cardoso e o músico Jards Macalé), produtores culturais e funcionários do MinC, que protestavam contra a falta de um plano de cargos para a área, promessa do governo federal desde 2004, não-cumprida até hoje.


 


Frateschi prometeu publicar, até o dia 11 de maio, os editais do Projeto Pixinguinha, dos prêmios Míriam Muniz de Teatro, Klaus Viana de Dança, Carequinha de Teatro e os projetos de artes visuais. Os editais deveriam ter saído no começo do ano, mas com a saída de Antônio Grassi da presidência da instituição (acompanhado pelos diretores de música popular, Ana de Hollanda, e de artes cênicas, Antônio Gilberto) foram adiados.


 


Além de elogiar seu antecessor, Frateschi prometeu ampliar os programas e dar atenção especial para o centro de documentação da Funarte (um dos maiores acervos históricos de artes cênicas e fotografia do país) e à área de publicações.


 


Antigas reivindicações


 


Gil reafirmou a importância da intervenção do Estado na cultura, lembrando que as crises são causadas pela omissão estatal ou pelas mudanças no mercado. Citou a música como exemplo: “Não há crise na área, mas uma transformação que exige novo equilíbrio entre os direitos do autor, do investidor e de acesso.”


 


Ele falou em apoio aos funcionários do MinC, que ameaçaram entrar em greve no próximo dia 15 de maio. “São reivindicações antigas, apoiadas por nós e prometidas pelo governo, mas até agora não obtidas”, lembrou Gil.


 


Na cerimônia de posse, Frateschi anunciou que o MinC pretende transformar o Palácio Gustavo Capanema num centro cultural, tirando de lá as atividades administrativas suas e do Ministério da Educação. Gil, no entanto, não deu prazo para que isso acontecesse. “É uma idéia que surgiu agora, a de devolver ao público esse prédio fundador da moderna arquitetura brasileira e mundial.”


 


Da Redação, com informações da Agência Estado