Brasil decide apoiar Banco do Sul e dá novo fôlego ao projeto

A iniciativa articulada por Venezuela e Argentina de criar um Banco do Sul ganhou nesta quinta-feira (3) um importante impulso. Os ministros da Economia de seis países sul-americanos resolveram, em Quito, dar o respaldo necessário para colocar em prática,

Dessa forma, Brasil e Paraguai se somaram a Equador e Bolívia para fazer parte do projeto, além, é claro, dos dois países que o idealizaram. Na próxima quinta-feira (11), representantes das seis nações se encontrarão no Rio de Janeiro para adiantar as discussões.



Até a reunião de ontem (3), o Brasil ainda não havia dado algum sinal claro de que realmente iria fazer parte do Banco do Sul. Essa confirmação acabou sendo a principal novidade política do dia, pois nas últimas semanas o ministra da Fazenda, Guido Mantega, sinalizara que seriam necessários alguns acertos antes de o país entrar de cabeça no projeto.



De acordo com a idéia defendida por Chávez e Kirchner, o Banco do Sul é a ferramenta que poderá financiar obras de infra-estrutura, projetos de desenvolvimento e iniciativas para impulsionar o comércio exterior dos países sul-americanos. Até o momento, planeja-se que seu capital inicial será de US$ 7 bilhões.



Fundo do Sul
Antes do início da reunião, o presidente do Equador, Rafael Correa, propôs aos ministros que junto ao debate do Banco do Sul deveria ser criado também o Fundo do Sul, “como uma alternativa para deixar de lado a dependência financeira do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial”.



A criação de um fundo dessa natureza já havia sido tema de conversas anteriores, mas voltou com mais força em Quito. “Podemos criar uma nova arquitetura financeira mundial”, defendeu Correa, que é economista. “A lógica financeira aplicada pelos organismos multilaterais de crédito não conseguiu contribuir para combater a pobreza. Por isso temos que criar nossas próprias instituições”.



Da redação, com informações do Página 12