Produção industrial no Brasil cresce pelo 6º mês consecutivo
A produção industrial brasileira intensificou o movimento de alta e avançou 1,2% em março na comparação com fevereiro, segundo dados com ajuste sazonal. Trata-se do sexto crescimento consecutivo, período em que acumula alta de 3,6%, considerando revisões
Publicado 04/05/2007 13:32
Em termos setoriais, observa-se crescimento na comparação março 2007/fevereiro 2007 em 15 das 23 atividades pesquisadas que têm séries sazonalmente ajustadas, com o principal desempenho positivo vindo de veículos automotores (6,0%), seguido por máquinas e equipamentos (4,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (2,3%). Vale mencionar que esse último setor mostra aumento pelo segundo mês, acumulando neste período ganho de 6,7%.
A pressão negativa mais significativa veio da farmacêutica, com recuo de 8,8%. Nos índices por categorias de uso, o setor de bens intermediários, de maior peso na indústria, com taxa de 1,8%, registra crescimento há dois meses, período em que acumula expansão de 2,4%. A produção de bens duráveis (2,1%) mantém resultado positivo pelo terceiro mês consecutivo, avançando 6,5% nesse período. Bens de capital (-0,4%) assinala a primeira taxa negativa desde outubro de 2006. O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-0,4%), após crescer 0,7% em fevereiro, volta a mostrar resultado negativo.
Em síntese, a evolução dos índices nos primeiros três meses de 2007 revela um quadro positivo da atividade fabril. Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o setor industrial vem sustentando resultados positivos: o indicador mensal cresce desde julho de 2006 e o trimestral avança desde o último trimestre de 2003.
Outro sinal favorável vem das comparações livres de influências sazonais, onde a indústria geral cresce em março 1,2%, sustentando taxa positiva pelo sexto mês consecutivo, período em que acumula um incremento de 3,6%. Na passagem do quarto trimestre de 2006 para o primeiro de 2007, o ritmo de crescimento passa de 0,9% para 1,2%. Os maiores ganhos entre estes dois trimestres ficam com as indústrias de bens de consumo duráveis (de 0,4% para 4,2%) e de bens de capital (de 3,3% para 6,9%), e em menor medida com bens intermediários (de 0,2% para 1,6%). O setor de bens de consumo semi não duráveis foi o único que não avançou entre estes dois períodos, atingindo 0,3% no quarto trimestre de 2006 e ficando praticamente estável no trimestre seguinte (0,1%).
Fonte: IBGE