Furacão: STJ negahabeas corpus a acusados da máfia dos bingos

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz negou neste sábado (5)  todos os pedidos de habeas-corpus feitos na véspera  pelos advogados de sete presos durante a Operação Furacão, ou Hurricane, da Polícia Federal (PF). Em cinco

Os investigados, presos em uma operação de combate aos jogos ilegais, estão no Rio e queriam impedir o encaminhamento para o presídio federal de Campo Grande. No entanto, os advogados admitem que será muito difícil conseguir manter seus clientes no Rio de Janeiro.



Segundo informou a assessoria de imprensa do STJ, os pedidos foram protocolados em Brasília depois de terem sido indeferidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, do Rio de Janeiro, no final de abril. Os advogados dos presos ainda podem recorrer da decisão junto ao Supremo Tribunal de Federal (STF). O STJ é o Tribunal ao qual pertencia o ministro Paulo Medina, um dos acusados de pertender a uma máfia dos bingos. Na quinta-feira, o Tribunal por unanimidade suspendeu  Medina.



Só um preso não se recusou a falar



Dos três presos da Operação Hurricane interrogados nesta quinta-feira, 3, pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal do Rio, o único a prestar depoimento foi o advogado Sérgio Luzio Marques de Oliveira. Os outros dois advogados, Evandro da Fonseca e Silvério Nery Cabral Jr. – genro do desembargador Carreira Alvim, também envolvido no esquema na máfia dos bingos – invocaram o direito de permanecerem calados.



Luzio, acusado de intermediar liminares pagas com Carreira Alvim, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e com Virgilio Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina, negou as acusações, mas não conseguiu explicar sua participação nos diálogos telefônicos gravados pela Polícia Federal.



Segundo ele, os R$ 600 mil cobrados por Virgílio em uma das conversas não se destinavam ao pagamento de propinas. Eram os honorários para Virgílio atuar em um recurso em favor dos bingos no STJ. Só depois de discutirem o valor dos honorários é que descobriram que o caso estava como o ministro Paulo Medina, o que impedia a participação de Virgílio no caso.



A mesma explicação ele deu para os R$ 300 mil que cobrou do contraventor Marcelo Petrus Kalil, o Turcão, por uma liminar conquistada junto ao desembargador Carreira Alvim. Na investigação fica claro que esta quantia seria dividida entre ele e o desembargador. Nesta quinta, ele tentou convencer a juíza de que eram os seus honorários.



Da redação, com agências