Brasil discute garantias para sediar Copa de 2014
“O fato do Brasil ser o único candidato aumenta a nossa responsabilidade. Seguramente a Fifa vai ter um cuidado ainda maior na avaliação do dossiê da candidatura brasileira. Por isso que eu acredito que nós temos que trabalhar mais para ter um projeto
Publicado 07/05/2007 18:26
O encontro contou com a participação de cerca de 23 integrantes representantes da Presidência da República e de 14 ministérios, e de advogados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cuja pauta foi discutir as garantias governamentais para a realização da Copa de 2014.
Essas garantias fazem parte do caderno de encargos da Federação Internacional de Futebol (Fifa) – exigências feitas ao país que vai sediar a competição mundial do futebol. Durante o encontro foram definidas as responsabilidades de cada ministério frente às exigências da Fifa e os acertos que deverão constar de uma carta do presidente Lula à federação, apresentando essas garantias.
As exigências cobrem uma série de pré-requisitos técnicos, de infra-estrutura e logística que o país precisa apresentar à Fifa. As garantias vão desde a permissão de entrada, saída e de trabalho de estrangeiros; isenção de impostos alfandegários e isenção tributária até medidas de segurança.
Também são relacionados itens de operações cambiais e bancárias – conversão de moedas estrangeiras efetuadas por participantes do evento; de procedimentos alfandegários e de imigração; de direitos comerciais de exploração e proteção aos produtos da Fifa até garantia de execução de hinos nacionais e hasteamento de bandeiras. Também são exigidos, entre outros, infraestrutura de telecomunicação.
Prazos e gastos
Os ministérios terão até o fim deste mês para produzir um documento com as propostas, que será assinado pelo presidente Lula, e incluído ao projeto da candidatura brasileira. Até o final de julho, o Brasil deve apresentar o projeto à Fifa, que avaliará as condições do país.
Com relação aos gastos com a realização da Copa, Orlando Silva informou que o governo prefere fazer a estimativa após o envio do projeto à Fifa. “Nós preferimos fixar o orçamento final da candidatura brasileira após a conclusão do planejamento, do projeto encaminhado à Fifa, de modo que tenhamos um número seguro, definindo inclusive o que caberá ao estado brasileiro, e o que caberá à iniciativa privada, porque eu aposto que um evento do porte da Copa do Mundo seguramente terá no empresariado brasileiro e internacional um dos principais financiadores do projeto”.
Com agências