TVE é a nova crise do governo Yeda

Espaço para os profissionais de comunicação que trabalharam na campanha do PSDB ao governo do estado: esta vontade da governadora pode acarretar na demissão do presidente da Fundação Cultural Piratini, Luiz Fernando Moraes, e ser o estopim de mais uma

As especulações de bastidores dão como praticamente certa a saída de Luiz Fernando Moraes, presidente da Fundação Cultural Piratini, que controla a TV estadual e a rádio FM Cultura. Ele estaria sendo retirado da Fundação para dar espaço aos profissionais que atuaram na campanha eleitoral da governadora.


 


O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, esteve com Moraes na última sexta-feira e acredita que a saída do presidente é uma questão de tempo. “A gente acredita realmente que vá ocorrer a saída do Luiz Fernando, apesar de ele não admitir. Do jeito que está a situação, está uma crise, em função da entrada desse pessoal que fez a campanha da governadora”, diz.


 


De acordo com o presidente do sindicato, na quinta-feira, ocorreu uma reunião entre Luiz Fernando Moraes com o secretário de Comunicação, Paulo Fonna, a secretária da Cultura, Mônica Leal, e o presidente do Conselho de Comunicação do Estado, Carlos Crusius, marido de Yeda.


 


Na última quinta, em virtude dos boatos sobre uma lista com 60 funcionários que seriam demitidos, Luiz Fernando enviou um e-mail aos trabalhadores da Fundação, dizendo que não existe projeto de demissão em massa.


 



Crise não é novidade na TVE


 


A tensão na TVE não vem de hoje. O pedido de demissão do diretor técnico Higino Germani (ex-Rádio Nacional) no início de abril mostrou que algo não ia bem na Fundação. A saída de Higino ocorreu por discordar das indicações da governadora para postos-chave na emissora e também porque elas  contrariaram o Conselho de Administração da Fundação Piratini. Yeda não consultou e tampouco submeteu os nomes à apreciação do Conselho para uma sabatina, já que, entre outras coisas, esta é uma de suas funções.


 


Outra medida que não transitou bem foi a nomeação do marido da governadora, Carlos Crusius, para a presidencia do Conselho de Comunicação do estado.


 


De Porto Alegre
Clomar Porto
Com informações agência CHASQUE