Participantes do Pan 2007 terão proteção contra radioatividade
Parceria firmada nesta sexta-feira (11) entre a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), do Ministério da Ciência e Tecnologia, e a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) vai garantir a segurança dos participantes dos Jogos Pan-Americanos con
Publicado 11/05/2007 19:36
A Aiea vai fornecer conhecimento e equipamentos que serão usados na prevenção, identificação e atendimento de incidentes com materiais nucleares e radioativos. A agência apoiou ações de segurança na Alemanha, durante a Copa de 2006, e na Grécia, sede da Olimpíada de 2004.
Segundo o presidente da Cnen, Odair Dias Gonçalves, esse tipo de atuação na prevenção de acidentes em grandes eventos é uma preocupação recente no mundo, que só começou depois dos ataques terroristas aos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001. Entretanto, ele ressaltou que é improvável qualquer ação terrorista no Brasil.
O objetivo do convênio é prevenir o uso “inadvertido” de algum produto ou equipamento causador de danos à saúde. “Esperamos e acreditamos que isso é um problema muito remoto no Brasil. Mas pela importância do evento, pela participação de equipes internacionais, é necessário que a gente tenha um esquema de segurança no mais evoluído cenário possível”, acrescentou.
A Cnen fiscalizará, inclusive, uso de Raio-X, que quando mal empregado pode causar prejuízos à saúde. “Vamos assessorar na manipulação desses equipamentos e toda a área relacionada a isso. Quando você usa um material que tem Raio X, as normas internacionais exigem que se exponha muito pouco as pessoas à radiação”, explicou.
No Brasil, o acidente radioativo considerado o maior da história do país ocorreu em 13 de setembro de 1987, em Goiânia (GO), quando dezenas de pessoas foram contaminadas por Césio-137.