Trabalhadores Metalúrgicos do Maranhão param Alumar
Durante cinco horas, cerca de 2.500 trabalhadores, entre funcionários e contratados da Alumar, interditaram a entrada principal da empresa na BR-135. Eles paralisaram suas atividades, para exigir que a multinacional cumpra a convenção coletiva de traba
Publicado 11/05/2007 14:06 | Editado 04/03/2020 16:48
Os manifestantes, segundo o presidente do Sindmetal, José Maria Araújo, exigiam que a direção da empresa fosse conversar com os trabalhadores e não mandassem recados. Ele disse que a Alumar mandou avisar, por meio de policiais militares e seguranças da Atlântica, que no local da paralisação não daria para negociar, avisando que só iriam conversar na reunião agendada para as 16h de ontem, na Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema). As negociações com a Alumar já acontecem há três meses, sem resultado, pois a empresa só oferece 3,5% de aumento. Ela é a responsável pelo atraso nos reajustes salariais de todos os metalúrgicos do Maranhão, denunciou José Maria.
O sindicalista disse que os recados da empresa não davam garantia de que seus representantes fossem participar da reunião na Fiema, e os manifestantes queriam que o compromisso fosse firmado em documento assinado pelos diretores. A paralisação chegou ao fim por volta das 12h, quando a Alumar enviou um documento confirmando sua presença na reunião, à tarde, na Fiema.
Sem avanços
Segundo José Maria Araújo, a Alumar foi representada na reunião da Fiema pelo gerente de Recursos Humanos, Luiz Burgardt, e por Perila Rosa, do Recursos Humanos e Relações Trabalhistas. José Maria informou que os dois afirmaram que a empresa não tinha propostas para apresentar, pois estava sendo pressionada com a paralisação e mantinha a oferta de 3,5%.
José Maria também afirmou que os representantes da Alumar disseram que as negociações não foram suspensas e se comprometeram em apresentar uma nova proposta em uma nova reunião, marcada para a próxima terça-feira, 15. Por não ter tido avanços, o presidente do Sindmetal disse que os trabalhadores continuam em estado de greve e que haverá uma assembléia geral, às 19h, na Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado do Maranhão (Fetiema), para decidir os rumos das negociações.