Ataques do PCC completam um ano

No último sábado, 12 de maio, completou um ano que o Primeiro Comando da Capital (PCC) realizou a ofensiva de ataques contra alvos civis e militares que aterrorizou o estado de São Paulo. A ação foi uma represália dos criminosos à transferências de lidera

Segundo os dados oficiais, somadas as três explosões de violência, aconteceram 1.325 ataques, que vitimaram 55 policiais, 110 supostos criminosos e sete civis. Os alvos preferenciais das ações foram ônibus, muitos deles incendiados, delegacias e postos policiais, caixas eletrônicos e agências bancárias.
 


O pânico instalado na população retratou a exata dimensão que o crime organizado atingiu no estado e a incapacidade do poder público em contê-lo. A onda de boatos ajudou a amplificar os efeitos da ação e aterrorizar ainda mais a população. A resposta das autoridades ao ataques do PCC foi uma repressão indiscriminada, como se pode observar pela matança de jovens da periferia nos dias que se seguiram.


 


À época, o governo federal ofereceu ao então governador Cláudio Lembo a Força Nacional de segurança para conter a violência, mas a proposta foi recusada. Na ocasião, especulou-se que a recusa teria ocorrido pelo impacto eleitoral negativo ao candidato Geraldo Alckmin, que havia deixado o cargo de governador para concorrer à presidência.


 


Também houve, por parte de políticos tucanos e pefelistas, a tentativa de ligar o PT à ocorrência dos ataques por uma susposta gravação com ameaças dos criminosos a políticos do PSDB. Tais ilações jamais foram provadas.


 


Um ano depois, o secretário de Segurança Público do estado, Ronaldo Marzagão, garante que a situação está em “absoluto controle”. A sensação da população, porém, é outra. A violência é a principal preocupação popular, a frente do desemprego, por exemplo.