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Fração dos comunistas na CMS orienta protestos de rua dia 23

Por Carla Santos
A fração nacional dos comunistas nos movimentos socais reuniu-se na tarde desta segunda-feira (14), no Comitê Central do PCdoB, para avaliar os preparativos das entidades ao dia nacional de mobilizações por “Nenhum Direito a Menos, Só

Segundo o coordenador nacional da Corrente Sindical Classista (CSC), João Batista Lemos, “é muito importante que aconteçam paralisações, panfletagens e encontros nos locais de atuação dos movimentos no dia 23. Porém, para que as bandeiras dos movimentos ganhem visibilidade no conjunto da sociedade manifestações nas ruas serão fundamentais.”


 


O que é o dia 23


 


O dia 23 faz parte de uma jornada nacional de lutas que se iniciará dia 21 e terminará dia 25 de maio, tendo como ponto alto o dia 23. A jornada foi convocada por diversas redes diferentes dos movimentos sociais brasileiros, entre elas a Assembléia Popular (AP), a Central dos Movimentos Populares (CMP), a Conlutas, a Intersindical, e a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), da qual os comunistas fazem parte através da CUT, da UNE, da Ubes, da Conam, da Unegro, da UBM, e demais entidades dos movimentos.


 


Estão na pauta das reivindicações da jornada por “Nenhum Direito a Menos, Só Direitos a Mais” as lutas contra a reforma da previdência e toda reforma que retire direitos (não à Emenda 3), as lutas por emprego, salário digno, reforma agrária e moradia, contra a política econômica e o pagamento das dívidas interna/externa, em defesa do direito de greve e contra a criminalização dos movimentos sociais.
 


Há ainda inúmeras outras lutas e bandeiras que se somam as apresentadas acima que estarão na pauta da jornada. Porém, o centro das manifestações deverá ser a luta contra a política econômica do governo Lula, concentrando todas as atividades para o dia 23.


 


Orientações


 


Para que a jornada ganhe visibilidade para além dos locais de atuação dos movimentos, os comunistas que atuam nas entidades deverão buscar concentrar o máximo de ações nas ruas na próxima quarta-feira.


 


“Não será em todas as cidades que conseguiremos mobiliar 10 mil, 5 mil pessoas. Nos locais em que tivermos dificuldades de realizar grandes manifestações devemos buscar construir atos mais simbólicos do que massivos. A criatividade na hora de saber dar visibilidade para o problema da política econômica no dia 23 é o princípio para um ato que cumpra seu papel na jornada”, declarou Wanderlei da Conam, entidade que concentrou todas as atividades da jornada pela moradia do final do mês de maio para o dia 23.


 


Os secundaristas que estão contribuindo na construção do 50º Congresso da UNE – a se realizar do dia 4 a 8 de julho em Brasília – deverão, a partir desta segunda-feira (14) até o dia 23, priorizar a mobilização para a jornada. “Faltam apenas 9 dias para os atos. O passe livre é uma bandeira histórica pela qual lutamos incansavelmente ao longo de décadas e, em especial, no último período. Não podemos deixar que a jornada passe sem uma ampla participação dos estudantes na luta pelo passe livre, por mais recursos para a educação e  por mais direitos para a juventude”, disse Thiago Franco da Ubes.


 


Segundo Lúcia Stumpf, da UNE, “é muito importante que ainda esta semana busquemos reunir as coordenações dos movimentos sociais em cada estado para que façamos atos de rua dia 23; todas as capitais têm condições de realizar atos, alguns mais massivos, outros mais simbólicos; o fundamental é que, além das paralisações nos locais de trabalho, também ocorram atividades nas ruas, sejam elas de panfletagens, sejam elas com passeatas; as bandeiras do dia 23 são muito importantes e podem aglutinar diversos movimentos que atuam na CMS, para além daqueles em que participam os comunistas”, enfatizou.


 


“A Coordenação dos Movimentos Sociais é um instrumento importante de luta dos trabalhadores, dos estudantes e do movimento popular, devemos aproveitar o dia 23 para, além de pautar a luta por mais direitos, também fortalecer este instrumento nos estados. Os comunistas devem buscar a consolidação da CMS como espaço de unidade dos movimentos em cada cidade deste país”, declarou Carlos Rogério de Carvalho Nunes, da executiva da CUT.    


 


O secretário nacional de Juventude do PCdoB, Ricardo Abreu (Alemão), destacou que “o novo espaço configurado por diversas redes, para além da CMS, nos movimentos sociais é de extrema importância para o momento político pelo qual passa o Brasil. Com certeza, as diversas ações que acontecerão, motivadas por estas distintas redes dos movimentos, tornará as mobilizações justas por mais direitos maiores e mais representativas. Nós que atuamos na CMS não podemos realizar atividades tímidas, temos que ser ousados, como já aponta a orientação do partido para este momento histórico pelo qual passamos.”