Mandante da morte de Stang é condenado a 30 anos de prisão

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado nesta terça-feira (15) a 30 anos de prisão e deixa o tribunal do júri para voltar diretamente à cadeia. Defesa terá direito a pedir novo julgamento.

O mandante do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado na tarde desta terça-feira (15) a 30 anos de prisão. Depois de dois dias de julgamento, o Tribunal do Júri considerou o fazendeiro culpado em todas as teses apresentadas pela acusação.


 


Segundo o advogado Anton Fon, auxiliar do promotor Edson Cardoso, responsável pela acusção, na tese da culpabilidade do réu, o Júri entendeu, por cinco votos a dois, que Bida foi o mandante do crime. Na tese de qualificação do crime – promessa de recompensa de 50 mil reais pela morte da religiosa -, também por cinco votos favoráveis e dois contrários, o Júri reconheceu o réu culpado. Seis dos sete jurados também consideraram que Stang foi morta sem condições de defesa, e o fato de ter mais de 60 anos também pesou na decisão final. Por fim, todos concordaram que não há atenuantes, como confissão ou outros, que possa diminuir a pena do condenado.


 


Dos cinco acusados pelo assassinato, três já sentaram no banco dos réus. Os pistoleiros Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista foram condenados, ainda em dezembro de 2005, a 27 e 17 anos de prisão, respectivamente. Na época, foi reconhecido pelo tribunal do júri que os pistoleiros agiram sob promessa de pagamento, e não por desavenças pessoais com Dorothy. O intermediário Amair Feijoli da Cunha, o Tato, se submeteu ao júri em abril de 2006 e vai cumprir 18 dos 27 anos da condenação, após um acordo de delação premiada com a Justiça. Seu processo é o único em que não há mais possibilidade de apelar. Também acusado de ser mandante do crime, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, aguarda julgamento em liberdade por decisão do Supremo Tribunal Federal.


 


Fonte: Carta Maior