Para Dilma, PF ajuda o PAC com Operação Navalha

''Eu acho que a descoberta desta máfia é muito importante, porque vai ajudar o PAC. O que estava em vias de acontecer era justamente tentar utilizar as licitações do PAC para fins indevidos. Com a descoberta, e com o fato relevante que é a pronta medida da PF, é o fim da impunidade'', disse a ministra. ''Isso ajuda o PAC. Cria um ambiente mais preservado para as licitações. Cria um cuidado maior e, também, um temor de todos aqueles que possam querer utilizar licitações públicas para fins indevidos de que não ficarão impunes'', destacou em outro trecho.

Dilma ressaltou, porém, que tem de ser preservado o direito de defesa dos acusados nas irregularidades.  ''Isso sem prejuízo de que as pessoas possam ter sua defesa garantida, que a inocência eventual de alguém seja provada. Não significa julgamento prévio de ninguém'', afirmou.

Corruptos são pessoas, não o PAC

Dilma acredita que a PF irá acabar com a impunidade, mesmo destacando que o licenciamento ambiental é importante para assegurar que as obras do programa não prejudiquem o meio ambiente. A ministra também demonstrou preocupação em relação a 8,4% do total do projetos do PAC que podem não sair do papel por eventuais impedimentos.

Na quinta-feira (17), a PF prendeu 46 pessoas em nove estados (Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e São Paulo) e no Distrito Federal. A operação objetiva desmontar um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos federais destinados a obras públicas, incluindo as do PAC e do programa Luz para Todos.

A ministra julgou ''excessiva'' qualquer suspeita sobre o PAC enquanto programa. ''Não existe um programa que cometa delitos de corrupção. Existem pessoas que cometem delitos. [Culpar] um programa seria um absurdo, e até uma reação absolutamente incorreta. Não é um programa que enseja corrupção, e sim as pessoas'', afirmou ela.

Dilma Rousseff aproveitou ainda para elogiar as ações do Congresso Nacional no que se refere ao andamento do PAC. Disse que os parlamentares têm agido de forma ''muito correta'' e, com isso, aperfeiçoado os mecanismos e a legislação do PAC. ''O Congresso tem agido de forma célere'', concluiu.

Da redação, com agências