Reino Unido apresenta lei sobre uso de embriões híbridos

O governo britânico apresentou nesta quinta-feira, 17, um projeto de lei que autoriza pela primeira vez o uso de embriões híbridos de humanos e animais com fins de pesquisa. Caso seja aprovada, cientistas poderão criar embriões citoplasmáticos que seriam

Em virtude desta iniciativa legal, que ainda deverá passar pelos trâmites parlamentares, os cientistas poderão criar embriões citoplasmáticos que seriam 99,9% humanos, mas com uma fração de genes de animais.



O governo de Londres, assim, volta atrás em sua oposição inicial à criação artificial deste tipo de embriões.



Cientistas e grupos de pacientes tinham pedido uma mudança de postura nesta questão por considerar que a proibição prejudicava os esforços para desenvolver tratamentos eficazes para o tratamento de doenças degenerativas hoje incuráveis.



No entanto, por lei, um embrião deste tipo poderá crescer apenas por 14 dias e não poderá ser implantado em um útero, para evitar a criação de monstros híbridos.



Os embriões citoplasmáticos criados com óvulos de coelhos ou vacas e material genético humano fornecido por doadores podem representar uma reserva importante de células-tronco para a pesquisa de doenças e novos tratamentos.



Duas equipes de cientistas britânicos de Londres e Newcastle já pediram autorização para criar embriões híbridos de humanos e animais para este fim.