Grupo Tortura Nunca Mais da Bahia lança livro sobre a luta pela anistia

Não esquecer. Não deixar se perder no tempo a memória das batalhas travadas pelo povo baiano para pôr um fim às prisões, mortes e torturas a que foram submetidos os opositores do regime militar no Brasil (1964-1985). O Grupo Tortura Nunca Mais da Bahia (G

O lançamento reuniu no ICBA (Goethe Institut) ex-presos políticos, familiares de vítimas, autoridades e antigos militantes da luta pelos direitos humanos. Lá estiveram a secretária Estadual de Justiça e Direitos Humanos Marília Muricy, representando o governador Jacques Wagner, o secretário Estadual de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte Nilton Vasconcelos, o presidente da Bahiagás Davidson Magalhães, o deputado estadual Javier Alfaya (PCdoB), o ex-deputado estadual Emiliano José (PT), representações dos mandatos dos deputados federais Daniel Almeida e Alice Portugal (PCdoB) e  o procurador-geral de Justiça da Bahia Lindivaldo Brito, entre outras autoridades.



 


O livro faz parte do Projeto Memorial da Luta da Anistia na Bahia, aprovado pelo Ministério da Cultura, que busca organizar o acervo histórico reunido pelo GTNM. Organizado por Ana Guedes e Lucimar Mendonça, ele traz em suas 285 páginas documentos, fotos e personagens que protagonizaram a luta pela anistia. De acordo com a presidente do GTNM-BA, Diva Santana, o livro possibilita às novas gerações conhecerem uma experiência que se evidenciou de grande importância para o avanço do processo que derrubou a ditadura militar no Brasil. Mas não só. O livro é também um instrumento na continuidade da busca de esclarecimento das mortes e desaparecimentos sob a responsabilidade do Estado no período da ditadura militar.



 


A sessão de autógrafos foi feita pelos membros do Grupo Tortura Nunca Mais, Diva Santana, Ana Guedes e Joviniano Neto, todos eles remanescentes do Comitê Brasileiro pela Anistia. E em cada dedicatória, um pedido de uma geração que viveu e sofreu com os efeitos do golpe militar: manter viva a lembrança dos acontecimentos dos anos de chumbo para que não se repita o arbítrio e para que consolide o pensamento democrático do país.


 


De Salvador,
Inamára Melo