Manuela: reforma política precisa ser democrática

Para a deputada Manuela D’ávila (PCdoB/RS), a reforma política precisa levar em conta questões como a eleição através de listas partidárias, financiamento público de campanha e a fidelidade partidária, que poderá promover o fortalecimento dos partidos pol

No plenário da Câmara dos Deputados, Manuela disse que é necessário articular uma reforma partidária e eleitoral que reforce o sistema representativo em bases mais democráticas, tendo por base o fortalecimento dos partidos políticos. “É necessário responsabilidade e ousadia para refazer com qualidade a reforma que a sociedade brasileira deseja”.


 


Manuela defendeu o sistema de representação proporcional, contra o voto distrital, ou misto. Através da proporcionalidade é possível privilegiar a democracia e a pluralidade. “Nosso país tem dimensões continentais, cuja diversidade cultural, política e ideológica precisa estar representada na Casa do Povo”, afirmou.


 


Diante de crises políticas, de escândalos de corrupção que, via de regra, estão relacionados ao financiamento das campanhas eleitorais, o financiamento público é uma forma de coibir a corrupção a medida que facilita o controle de gastos, diminui a disparidade entre partidos e candidatos, democratizando e barateando as campanhas eleitorais.


 


A deputada comunista também se referiu à lista pré-ordenada que julga ser um instrumento importante como forma de valorizar os partidos políticos, suas idéias e programas. Ela propôs levar em conta critérios que garantam representatividade de setores como gênero, por exemplo, na construção da lista.


 


Ao final do seu discurso, Manuela lembrou que o Brasil precisa consolidar e ampliar cada vez mais nossa tão recente experiência democrática. Realizar uma reforma política e eleitoral séria que promova o fortalecimento dos partidos políticos.


 


De Brasília,
Sônia Corrêa