Mino Carta: Finalmente o documentário sobre padres pedófilos

Para garantir a eqüidistância da emissora, o Conselho de Administração é composto em partes iguais por representantes da situação e da oposição. A cada eleição, muda apenas o presidente, indicado pelo governo.

Tomada a decisão de autorizar a transmissão de Sex Crimes and the Vatican, os conselheiros de centro-direita, na ausência do presidente Claudio Petruccioli (dos DS, ex-comunistas), aprovaram um documento em que atribuem ao diretor geral, Cláudio Cappon, “a exclusiva responsabilidade pela correta gestão do programa”.

Foi o começo do incêndio. Petruccioli e os conselheiros de centro esquerda recusaram-se a debater a questão. Um deles, Sandro Curzi, do Partido Verde, disse: “Não participo de uma reunião que visa a uma tentativa de censura prévia”.

Para o programa, Michele Santoro convidou monsenhor Rino Fisichella, reitor da Pontifícia Universidade Lateranense, que comparecerá secundado por dez estudantes de teologia. Dom Fortunato di Noto, há anos envolvido no combate á pedofilia pela internet. O professor Piergiorgio Odifreddi, autor de um livro intitulado Por que não Podemos Ser Cristãos. E o diretor do documentário, o jornalista inglês Colm O'Gorman.

Ah, como gostaria de estar lá, na platéia. Monsenhor Fisichella declarou: “Vou para defender o papa”.