PCdoB/Rio critica aprovação automática

O PCdoB/Rio realizou na noite do dia 31 de maio, um profícuo debate sobre a polêmica aprovação automática implantada pela prefeitura da Capital. O debate, que contou com a participação de estudantes e professores, foi precedido por uma apresentação do

Segundo Márcio Franco, a Resolução 946 da Secretaria Municipal de Educação (SME), que suspende as reprovações, é apenas uma continuidade da política educacional feita por Cesar Maia desde 1993, quando assumiu a prefeitura pela primeira vez.



Para o professor, a medida visa somente o aumento da produtividade na escola. “A prefeitura do Rio sempre foi laboratório para as políticas neoliberais”, afirmou. “A escola é encarada como improdutiva por causa da reprovação. Com esse novo modelo de educação, o número de alunos é relacionado com a verba destinada”, completou.



Os que defendem o sistema de ciclos, onde não há reprovações, dizem que o modelo já foi adotado em outros países. Porém, a realidade é diferente no Brasil, pois não há como dar atenção exclusiva para os alunos, já que as salas são superlotadas. Márcio Franco também disse que no sistema de ciclos os alunos só precisam ter 75% de presença a cada três anos. Entretanto, hoje, qualquer responsável pode pedir o abono das faltas sem apresentar qualquer prova que justifique-as.



Portas fechadas



No dia 30 de maio, a Câmara de Vereadores do Rio realizou uma audiência fechada com a secretária municipal de Educação, Sonia Mograbi, para discutir a Resolução 946. Por exigência da própria secretária, a audiência foi restrita, aberta apenas aos parlamentares, e não teve nem mesmo o serviço de taquigrafia da casa – ou seja, a reunião sequer foi registrada.



No dia 5, os professores farão uma paralisação de 24 horas contra a aprovação automática dos alunos da rede e por um reajuste salarial de 30%.