Reunião com Ministro da Defesa debate reajuste salarial da Imbel

O deputado federal Edmilson Valentim (PCdoB/RJ) e representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro se reuniram, no dia 31 de maio, com o Ministro da Defesa, Waldir Pires, para debater o reajuste salarial dos trabalhadores da Indústria de

A Imbel, empresa fabricante de armas e explosivos do Brasil, ofereceu aos trabalhadores 2,96% de aumento, reposição relativa ao índice IPCA – índice oficial do Governo Federal para medição das metas inflacionárias. A categoria não aceitou, argumentando que o IPCA é o menor índice do País, sendo que a empresa costumava oferecer reajuste relativo ao índice INPC mais o percentual de perdas.
    

Segundo o Sindicato, o Ministro se propôs a ajudá-los e prometeu examinar a questão juntamente ao Departamento de Coordenação das Empresas Estatais Federais (Dest), órgão responsável pelo acompanhamento das empresas estatais no País. O Dest responde também aos pleitos destas empresas no que se refere à política salarial.
    

A Imbel possui cinco unidades, sendo duas em Minas Gerais, duas no Rio e uma em São Paulo. De acordo com os sindicalistas, a Unidade de Piquete (SP) já encontra-se em greve e as outras quatro estão em “estado” de greve.
    

Na semana que vem, vários sindicatos, entre eles o Sindimetal-Rio, irão se reunir em audiência no Ministério do Trabalho e Emprego, a fim de continuar a discussão referente à negociação salarial dos trabalhadores.
    

Atuação nos EUA
    

A Imbel venceu uma licitação para fabricar armas para a Polícia dos Estados Unidos, entre elas a SWAT, CIA e FBI. Ironicamente, a empresa não consegue fabricar para o mercado nacional.
    

No ano passado, em um processo licitatório para a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para aquisição de pistolas, a Imbel venceu, mas teve sua participação no processo questionada por uma empresa concorrente, o que levou a direção da Agência a anular o processo.
    

Atualmente, Minas Gerais é o único estado que usa armas da empresa brasileira. Porém, esta utilização existe apenas porque faz parte de um acordo com o governo, em troca de isenção de impostos.