Novo partido de Chávez nasce com 5 milhões de filiados

O novo Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), do presidente Hugo Chávez, superou com folga a meta de filiar 5 milhões de cidadãos até este domingo (3), prazo final para a inscrição de “aspirantes a militantes”. É um feito inédito no país que possui

“Aspirávamos a 3 milhões de filiados, e teríamos nos contentado com 2 milhões. Hoje vamos passar os 5 milhões, constituindo o maior partido socialista da América Latina”, declarou o prefeito do Município Libertador de Caracas, Freddy Bernal, dirigente da nova sigla. A filiação em massa, disse Bernal, “é uim exemplo de participação e luta pelas grandes idéias”.



Na grande manifestação de massas deste sábado, Chávez repetiu seu chamado à “unidade das fileiras revolucionárias”, reforçando o esforço de filiação. “Vai ser um superpartido, e quero recordar-lhes aue amanhã (3) se encerra 0o ciclo de registro”, disse Chávez em seu discurso.



O Psuv aglutina a grande maioria das 20 organizações que vinham dando sustentação à Revolução Bolivariana e ao governo. Seu núcleo principal é formado pela maior delas, o MVR (Movimento Quinta República), fundado pelo próprio Chávez. Os outros partidos que se unificaram são siglas pequenas.



Pressão sobre o PCV



Entre as forças da base do governo, o Podemos, o PCV (Partido Comunista da Venezuela) e o PPT (Pátria Para Todos) não concordaram em se fundir no Psuv, mas sofrem forte pressão neste sentido. Chávez disse que eles se converterão em “carapaças vazias”, condenadas ao reformismo ou ao dogmatismo, caso não se integrem ao “grande partido da revolução”. A Agência Bolivariana de Notícias passou a fazer proselitismo do abandono desses partidos para aderir ao Psuv.



O PCV, que cresceu rapidamente nos últimos anos como parte do processo progressista encabeçado por Chávez, afirma no editorial de seu semanário, Tribuna Popular, que “a revolução bolivariana necessita da existência do PCV, que, junto com o Psuv no momento de sua formação, devem conduzir o povo à construção do socialismo”. Como argumento para a não fusão, o editorial argumenta que “o Psuv, sem equívoco, será um partido policlassista”, enquanto “o PCV é o partido da classe operária, da classe trabalhadora e de todos os setores excluídos e explorados do país”.



Da redação, com agências