Gravidez Precoce
Perpétua apresenta emenda para beneficiar 49 milhões de adolescentes, e tem apoio da bancada feminina na câmara dos deputados.
Publicado 09/06/2007 15:12 | Editado 04/03/2020 16:10
Considerado um sério problema de saúde pública desde a década de 1980, quando os indicadores sociais começaram a mobilizar os parlamentares e preocupar a sociedade mundial, a gravidez precoce continua a ser um dos mais graves problemas da atualidade.
Na rede hospitalar do SUS(Sistema Único de Saúde), 1 em cada 4 partos realizados é de mulher com idade abaixo de 19 anos. Adolescentes cujo corpo e mente ainda estão em formação. Com a maternidade, assumem a responsabilidade de criar e sustentar outra criança. No ano passado 32 mil partos foram realizados em meninas entre 10 e 14 anos de idade, nas maternidades brasileiras.
No Acre, os números assustam e revelam uma das maiores taxas do país. Uma pesquisa da Universidade Federal do Acre(UFAC), indica que a gravidez precoce marca a vida e o destino da adolescente que geralmente abandona os estudos, comprometendo seu desenvolvimento pessoal e profissional.
“A questão não é apenas de saúde, mas principalmente social. É preciso reforçar as políticas públicas para atacar as raízes do problema. Quando essas meninas se envolvem sexualmente, geralmente o fazem sem qualquer orientação e cuidado, seja através dos pais ou do poder público. Um resultado que piora ainda mais quando falta prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis”, salientou a deputada que sugeriu investimento federal nos programas de atenção e de saúde para jovens e adolescentes, bem como destinado a garantir os direitos de populações estratégicas nos programas do governo, em especial para jovens em situação de agravamento social. A emenda sugere programas específicos a partir de 2008, com o objetivo preventivo e de cuidados especiais com as que já estão grávidas ou se tornaram mães precocemente.