Metroviários em campanha salarial podem entrar em greve a partir da meia noite

Empresa e governo do Estado continuam negando as reivindicações da categoria e, para piorar, propuseram a redução do índice de reajuste. Para garantir seus direitos, os metroviários reunidos em assembléia neste momento poderão deflagrar greve a partir

Em correspondência enviada ao Sindicato na tarde desta quarta-feira, 13/6, o Metrô e governo do Estado propuseram a redução do índice de reajuste de 3,59% para 3,37%, incidindo sobre os benefícios da categoria. A proposta anterior (3,59%) não contemplava a atualização dos benefícios.


 


Quanto às demais reivindicações da categoria, como contratação de novos funcionários, aumento real e equiparação de salários e jornadas de trabalho para funções iguais, não houve avanço.


 


Diante desta postura da Cia. e governo estadual, a categoria poderá aprovar a realização de greve a partir da meia noite.


 


A data base dos metroviários é 1º de maio.


 


Principais reivindicações dos metroviários


Reajuste salarial de 3,09% (ICV/Dieese).


Aumento real a título de produtividade de 9,98%.


Salário igual para funções iguais.


36 horas para o quadro operativo.


Aumento do quadro de funcionários através de concurso externo.


Concurso interno.


Reintegração dos diretores demitidos.


 


Acidente da Linha 4 – Amarela completa cinco meses


 


Nesta terça-feira, 12/6, completa cinco meses um dos maiores acidentes de engenharia do Brasil e o mais grave da história de 38 anos de existência da Cia. do Metrô.


 


Quando abriu a cratera da estação Pinheiros da Linha 4 – Amarela o governador Serra prometeu uma investigação rápida, transparente e com responsabilização dos culpados.


 


No entanto, cinco meses depois, o que há é uma imensa letargia, total falta de informação e nenhuma ação satisfatória no caminho das apurações do fato. Ao mesmo tempo, contabilizamos sete mortos, dezenas de pessoas que continuam fora de suas casas por falta de segurança e nenhum culpado.


 


Em contrapartida, o governo Serra enterrará mais US$450 milhões do empréstimo que será contraído no exterior, para entregar a Linha 4 – Amarela à ganância da iniciativa privada.


 


Ação do Sindicato


 


O Sindicato dos Metroviários de SP, na defesa do interesse da população, do patrimônio estatal e contra a malversação do dinheiro público, protocolou nova representação no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo denunciando as irregularidades na construção da obra (que consumirá mais de US$ 1.400 bilhões dos cofres públicos), bem como as ilegalidades da contratação do consórcio que pretende operar a Linha 4 – Amarela, nos próximos 30 anos.


 


Aqui é importante ressaltar que algumas das empresas que compõem este consórcio também são ‘responsáveis” pela construção da Linha 4. Fica a dúvida então: será que a mesma suposta economia que está sendo feita na obra da Linha 4 também será aplicada em sua operação?


 


É para garantir o direito ao transporte seguro e de qualidade a todos os cidadãos que o Sindicato dos Metroviários de SP continuará tentando barrar o processo de privatização e terceirização do Metrô.


 


Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metroviários de São Paulo