Abbas dissolve governo e decreta estado de emergência

O presidente palestino, Mahmud Abbas, apoiado pela Organização para a Libertação da Palestin (OLP) assinou decretos dissolvendo o governo e declarando um estado de emergência na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, informou um assessor de Abbas nesta quinta-fe

''Os decretos foram assinados demitindo o primeiro-ministro Ismail Haniyeh e seu gabinete e declarando Estado de Emergência'', disse o assessor de imprensa Nabil Amr.



Um segundo assessor de Abbas disse que, de acordo com um terceiro decreto, o presidente formará um gabinete de emergência para substituir o governo de união formado entre a Fatá e o Hamas, de Haniyeh, em março.



O presidente considera os militantes do Hamas, que tomaram o controle da maioria dos quartéis-generais de segurança em Gaza, como uma ''milícia fora-da-lei'', disse o assessor.



Segundo seus assessores, Abbas já informou os EUA, o Egito e a Jordânia de sua decisão. As agências internacionais noticiam que o grupo de Resistência Islâmica teria assumido o controle do quartel-general das forças de segurança da Fatá, na Faixa de Gaza, e também que o edifício da rádio ''Voz da Palestina'' teria sido ocupado por seus militantes.


 


O Hamas rejeitou a decisão do presidente palestino, descrevendo-a como “inútil”. Sami Abu Zuhri, um dos porta-vozes do Movimento, disse que “o Hamas repudia as decisões de Abbas. Em termos práticos, essas decisões são inúteis”.


 


“O primeiro-ministro Haniyeh continua como chefe de governo, mesmo que este seja dissolvido pelo presidente”, afirmou Zuhri a jornalistas da Reuters.