´Luz para Todos´ já atendeu a 65 mil famílias no CE
Este Programa já cumpriu a metade de sua meta inicial para o Ceará, que é de atender a 112 mil residências no Interior.
Publicado 18/06/2007 12:54 | Editado 04/03/2020 16:37
Fortaleza. A instalação de ligações elétricas em 65 mil residências rurais e investimento de cerca de R$ 230 milhões. Estes são os resultados do Programa Luz para Todos no Ceará, iniciado em outubro de 2004 e que vai até dezembro de 2008. Estes números, divulgados pela Secretaria de Infra-estrutura do Estado (Seinfra), mostra que o programa já cumpriu a metade de sua meta inicial para o Ceará, que é de atender a 112 mil residências no Interior, com investimentos de R$ 468 milhões, em quatro anos.
Os recursos do projeto são do governo federal, participando com 50% dos recursos, da Companhia Energética do Ceará (Coelce), com 25%, e o Governo do Estado, com 25%. Do total de casas já atendidas, a Coelce e o governo federal levaram energia a mais de 52 mil famílias até dezembro de 2006. Mais 13 mil famílias foram conectadas pelo Estado.
Uma vez que o programa já cumpriu a metade de sua meta inicial para o Ceará, a Coelce decidiu, no mês passado, elevar sua meta para o programa, e aumentou o número de conexões a serem realizadas até 2008 para 146 mil famílias. O assessor de imprensa do órgão, Francisco Valente Júnior, explica que o número é uma proposta da própria Companhia, que não faz parte da meta do programa. Além disso, o número é recente e sujeito a alteração.
As metas anuais e os critérios de prioridade no atendimento do programa foram definidos pelo seu comitê gestor estadual, formado por representantes de órgãos federais, como o Ministério de Minas e Energia (MME); estaduais, como a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e a Seinfra; a Coelce; entre outros órgãos públicos e associações. A coordenação do comitê está a cargo do representante do MME no Ceará, Cláudio Pitta.
A quantidade de domicílios rurais que foram e ainda serão beneficiados em cada município foi calculada tomando como base a taxa de eletrificação rural de cada cidade, definida pelo IBGE no Censo-2000. Segundo o gerente do programa Luz para Todos pela Seinfra e participante do comitê, Luiz Alberto Nunes, “a quantidade de domicílios rurais beneficiados em cada município foi definida como inversamente proporcional a taxa de eletrificação rural da cidade, ou seja, quanto menos eletrificado for o município, maior é a quantidade de domicílios a serem beneficiados e vice-versa”, contou.
Custos
Nunes complementa que as primeiras beneficiadas pelo programa foram aquelas que já tinham um projeto e orçamento elaborado pela Coelce e as com menor custo por domicílio atendido. “Foram atendidas primeiramente as comunidades aglomeradas, que tiveram custo menor de instalação. Aquelas que ainda serão atendidas terão um custo maior”. Em cada casa, o programa realiza a instalação do padrão de entrada da conexão e um kit de instalação interna com três pontos de luz e duas tomadas. Ainda efetua a construção da rede de energia, dos postes e das ligações. Conforme ele, o custo da instalação da rede elétrica em comunidades aglomeradas é de R$ 3 mil por casa atendida, enquanto nas comunidades mais distantes o custo sobe para R$ 6 mil.
Energias alternativas
Segundo a Coelce, o programa contempla a utilização de fontes alternativas de eletricidade, mas no Estado ainda não são utilizadas. Conforme a assessoria do órgão, a companhia está avaliando a possibilidade de iniciar projetos dessa natureza em 2008 para localidades muito distantes da rede elétrica já existente. Porém, para o Nunes, as fontes alternativas são limitadas. “Não compensa mais instalar essas fontes, pois são bastante limitadas em capacidade e hoje tem rede elétrica em todo o Estado”, explica.
Fonte: Diário do Nordeste